Redação (28/02/07) – Guedes garantiu na noite desta segunda-feira, em reunião com os deputados membros da CAPADR, que estarão contemplados no PAC da agricultura a desoneração fiscal, política de juros, endividamento agrícola, defesa sanitária, seguro rural e comercialização. Porém, disse que o PAC rural ainda está sendo formatado, por isso, não entraria em detalhes.
Presente na reunião, o deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso Homero Pereira (PR), afirmou que os produtores esperam medidas capazes de responder às necessidades do segmento. “No PAC do governo federal não contemplou o setor agropecuário. A informação de que o governo prepara um pacote de ações de promoção ao crescimento para o segmento é importante”, afirmou.
Pereira, juntamente com outros parlamentares, solicitou que o governo ouça o setor na elaboração das medidas, a fim de elas atendam o setor na prática. Durante a sabatina, o ministro Luís Carlos Guedes Pinto ouviu muitas reclamações sobre a condução da defesa sanitária e a iminência de implantação de um novo índice de produtividade para as propriedades rurais.
Esta informação desagradou muito a classe produtiva, os parlamentares pediram explicação ao ministro sobre o assunto. Guedes assegurou que os estudos elaborados pela Unicamp a pedido do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estão sendo avaliados, mas, não existe ainda uma decisão de Governo a respeito. Segundo ele, faltam elementos a ser considerados antes de uma mudança a qual terá forte impacto na atividade.
Homero reiterou ao ministro que os produtores vêm acumulando prejuízos e não suportariam mais esse percalço. “Os agropecuaristas mato-grossenses assim como de outras unidades produtoras perderam renda nos últimos anos. Realimentar essa idéia de aumento do índice é aniquilar a classe produtora”, destacou.
Os índices de produtividade foram determinados pela última vez em 1980, com dados do censo agropecuário de 1975. A atualização proposta foi levantada por técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp), que usaram dados do desempenho da agricultura brasileira entre 1999 a 2004.