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Missão japonesa deve vistoriar produção de suínos em SC

<p>O Japão, maior importador mundial de carne suína e mercado ao qual o produto in natura brasileiro ainda não tem acesso, deve enviar uma missão técnica ao Estado de Santa Catarina para avaliar a produção de suínos e seus controles.</p>

Redação (27/03/07) – A visita, que não tem data definida, foi discutida durante reunião entre técnicos do Ministério da Agricultura brasileiros e técnicos japoneses, em Tóquio, este mês. A missão brasileira foi chefiada pelo agora ex-ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes. 

Durante o encontro, a missão brasileira apresentou aos japoneses informações sobre o status sanitário do Estado, que espera receber da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento como área livre de aftosa sem vacinação, na próxima reunião da entidade, em Paris, no mês de maio. 

"A missão técnica apresentou o caso de Santa Catarina [livre de aftosa com vacinação atualmente perante a OIE]. O Japão sempre foi crítico com o status de livre de aftosa com vacinação e fez questionamentos", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), que também esteve na comitiva. 

Segundo ele, os japoneses se comprometeram a enviar uma missão, e além de Santa Catarina também devem querer conhecer a situação e os controles sanitários em outras regiões produtoras de suínos do Brasil, como o Centro-Oeste. Nessa região, está o Mato Grosso do Sul, que em outubro de 2005 registrou focos de febre aftosa. 

Na avaliação de Camargo Neto, os japoneses devem esperar a confirmação pela OIE do novo status para Santa Catarina para mandar a missão ao Brasil, mas ele está otimista. O executivo considera a sinalização do Japão "mais um passo" na tentativa de abrir o mercado daquele país à carne suína in natura brasileira. 

O presidente da Abipecs ainda não faz prognósticos sobre quanto seria possível vender ao Japão, mas o fato de o país ser maior importador mundial de carne suína – com 1,3 milhão de toneladas por ano – já é um dado positivo. Além disso, a abertura do cobiçado mercado japonês ao Brasil seria um "passaporte" para entrar em outros países, como a Coréia do Sul, também um cliente importante e que paga bons preços pela carne suína.