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MS começa a recuperar-se da crise rural

<p>A variação de 242% no aumento de oferta de empregos com carteira assinada, em Mato Grosso do Sul, embora baseada em números oficiais apresentados pelo Ministério do Trabalho, não é tão confiável para avaliação de crescimento de ofertas de trabalho, segundo o economista Ricardo Sena, "porque temos períodos sazonais".</p>

Redação (26/04/07) – Ele explica que "a situação é bastante diferente em março deste ano em relação a março do ano passado. Começamos a nos recuperar economicamente e com perspectivas melhores no campo, no setor sucroalcooleiro e na expectativa de eliminar as barreiras sanitárias, porém, não ao ponto de chegar à variação de 242%".

O economista relembra que no início do ano passado, o Estado ainda sofria as consequências do efeito da febre aftosa, que fechou inúmeras vagas de emprego naquele período. "Os 242% representariam uma variação substancial, divergindo dos problemas que a economia vem enfrentando. Os números estão aqui, mas sem considerar a sazonalidade".

Para Sena, a avaliação no período de um ano mostra com mais realidade o desenvolvimento da economia no Estado. Nesse período, a variação ficou em 3,4%. "Se avaliarmos cada setor de atividade, podemos ver que a agropecuária, em março, cresceu 4,82% e de janeiro a março foi para 15,6%. E por que isso? Porque estava no período de safra. O comércio varejista é o que mais apresenta variação muito pequena (0,09%) e está sofrendo os efeitos da crise fiscal", explica.

Já nos últimos 12 meses, o crescimento de 3,4% em Mato Grosso do Sul, "está compatível com o crescimento econômico do período", destaca Sena. "Em relação à média nacional, o Estado apresentou variação de 1,68% em março, enquanto no País foi de 0,52% – um resultado melhor que a média brasileira", finaliza.