Com uma produção média mensal de 12,1 milhões de frangos, o setor avícola de Mato Grosso do Sul alimenta boas perspectivas para 2011. Não só pelas condições favoráveis do mercado, como também pela perspectiva de inclusão dos aviários no Programa de Avanços da Pecuária (Proape), uma iniciativa do governo estadual criada com objetivo de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva da pecuária sul-mato-grossense.
Atualmente abrangendo os segmentos da bovinocultura e suinocultura, o Proape traz benefícios fiscais que viria socorrer os produtores no momento em que as granjas precisam se adequar à Instrução Normativa nº 59 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As normas do Ministério exigem adequações físicas e sanitárias demandando investimentos médios de R$ 60 mil para cada granja.
“O investimento conjunto dos mil aviários do Estado exigiria recursos na ordem de R$ 60 milhões”, calcula a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Adriana Mascarenhas. A entidade pleiteia junto ao governo estadual a inclusão do setor avícola no Proape. O programa prevê entre outras vantagens a redução de tributos como o que incide sobre a venda do frango aos abatedouros.
Confiante na “sensibilidade’ do governo estadual para a extensão dos benefícios fiscais ao segmento, Adriana prevê um ano favorável para o segmento a partir do cenário já estabelecido este ano, impulsionado pela recuperação econômica do brasileiro e pelo aumento da demanda no mercado doméstico, devido à alta no preço da carne bovina.
O saldo da avicultura sul-matogrossense já foi positivo este ano, com ampliação em 19,1% na receita e em 6,7% no volume das exportações de carne de frango de janeiro a novembro, segundo dados da Secex, do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior. Das seis empresas instaladas no Estado, quatro atendem basicamente o mercado externo, principalmente para Japão, Arábia e Hong Kong.