O frango continua ciscando tranquilamente em meio às verdes pastagens da pecuária sul-mato-grossense. Um sinal claro deste salto produtivo foi o crescimento de quase 29% na produção avícola estadual no último ano. E o destino é o mercado externo: 95% do que é abatido nos cinco frigoríficos estaduais, ou o equivalente a 580 mil aves dia vai para exportação.
Os dados foram repassados pelo coordenador de Pecuária da Secretaria de Estado da Produção (Seprotur) Rubens Flávio Mello. Ele destaca que que o abate diário saltou de 450 mil aves/dia para 580 mil/dia, somente no último ano. Avanço de 28,8%.
Segundo o médico-veterinário, a expectativa é fechar 2011 com abate de mais de 200 milhões de unidades. No ano passado foram 125 milhões de frangos abatidos.
As indústrias que atuam hoje no Estado são: a Frango Belo de Itaquiraí, Frango Ouro de Aparecida do Taboado, Doux Frangosul em Caarapó, Cargill/Seara em Sidrolândia e a BR-Foods/Sadia em Dourados.
O Diplomata, que operava em Campo Grande fechou no ano passado. A paralisação das atividades na planta da Capital, no entanto, não afetou a produção estadual. “Pelo contrário, os abates continuam avançando”, enfatiza Mello.
Bolsão avícola – Uma das peculiaridades da atividade nos últimos anos foi a migração dos aviários da região sul para o Bolsão. Na avaliação do coordenador da Seprotur o Bolsão é nova fronteira avícola do Estado.
A Frango Belo, por exemplo está implantando 15 aviários em Selvíria e 15 em Aparecida do Taboado. “Os aviários são todos automatizados no tamanho 150 metros por 15. Com isso eles podem produzir cada um de 35 a 42 mil aves. Isso vai resultar em de 1 milhão de aves alojadas. Tanto em Itaquiraí quanto em Dourados será tudo informatizado”, acrescenta.
Ele lembra ainda que a Frango Belo deverá dobrar o abate que é de 75 mil/dia e na Frango Ouro a produção de 40 mil aves/dia também será ampliada.
O fato da região não ter problemas sanitários é um grande trunfo para MS. “Na parte sanitária, de seguridade temos menos trânsito de animais. Além disso a distância entre as propriedades é muito maior na região. E a isso temos que somar a facilidade de matéria -prima. Temos a comida ao lado da agroindústria. O fato de sermos produtores de grãos facilita o transporte da ração que interfere nos preços”, diz.
Números da avicultura estadual:
580 mil aves são abatidas por dia em MS
602 produtores integrados
1.2091 aviários
Consumo mensal de ração mensal 56 mil toneladas/mês
Injeção na economia dos municípios R$ 10 a R$ 12 milhões com salários