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MT aposta na suinocultura

Criadores investem em tecnologia para ganhar mercado. Estado já conta com um rebanho de 710 mil cabeças.

O consumo per capita anual da carne de porco em Mato Grosso está abaixo da média brasileira, apesar do aumento do rebanho no estadoRedação SI 25/06/2002 – Os criadores de suínos em Mato Grosso querem ganhar espaço no mercado e para isso apostam nos avanços tecnológicos para o melhoramento genético e sanidade animal para produção de carnes com pouca gordura, rica em vitaminas, minerais, com alto valor nutritivo e com baixo teor de colesterol.Mesmo com um rebanho que aumenta o número de matrizes (leitoas) a cada ano, o consumo per capita anual da carne de porco em Mato Grosso está abaixo da média brasileira e muito aquém da média mundial. “Estima-se que no estado o consumo anual esteja em torno de 6 a 6,5 quilos, quando no Brasil este índice sobe para 11,5 quilos per capita e no mundo tem-se uma média de cerca de 50 quilos”, observou o gerente administrativo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues de Castro Júnior.Para reforçar o marketing do produto no mercado estadual e dismistificar os malefícios dos produtos derivados do porco, a Acrismat e o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/MT) realizaram na última sexta-feira uma palestra com o título “Conexão entre o consumo de carne suína e a doença Cardiovascular Isquêmica Mito ou Realidade”, com o nutrologista Paulo Francisco Henkin, mestre em nutrição pela Universidade de Londres.Divulgando o marketing da carne “Gostosa, Saudável e Nutritiva”, a Acrismat pretende até 2010 quadruplicar o rebanho em Mato Grosso, que em 2001 contabilizou cerca de 710 mil animais.Outro argumento muito forte utilizado pela Associação para explicar o otimismo nesta cadeia produtiva está alicerçada no potencial agrícola de Mato Grosso.”As perspectivas de mercado são de aumento de produção e consumo, já que o estado de Mato Grosso produz os grãos mais baratos do mercado. No caso da alimentação suína que é baseada no milho e o Estado produzindo este grão, a criação torna-se plenamente viável”, aponta Custódio.Os maiores rebanhos do estado estão localizados nos municípios de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Dom Aquino, Diamantino, Primavera do Leste, Campo Verde, Rondonópolis e Itiquira.Dois frigoríficos em Mato Grosso, Agra em Rondonópolis e o Intercoop em Nova Mutum, abatem diariamente cerca de 2,5 mil animais. Abatendo exclusivamente suínos, o frigorífico de Nova Mutum é o único que industrializa a carne e a distribui em cortes. Alguns produtos como Copa, apresuntado e lingüiça já podem ser encontrados no mercado.Ainda sem os dados totalizados sobre o total produzido no Estado, a Associação revela que a falta de consumo da carne e seus derivados no Estado não comprometem a otimização da indústria frigorífica. “O mercado brasileiro é grande, vendemos carne para o Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, alguns estados do Nordeste e estamos ampliando o consumo para Rondônia e Acre. A crise na Argentina abriu também consumo para a carne suína de mato Grosso na Rússia”, explica Custódio.Ainda segundo Custódio, em Sinop, um outro frigorífico, o Forteza, está em vias de instalação, assim como o Caroll””s Food, que quando iniciar as suas atividades em 2003 estará abatendo cerca de 500 cabeças ao dia.

Municípios MatrizesDiamantino 5,2 milSorriso 3,1 milRondonópolis 2,3 milNova Mutum 1,6 milLucas do Rio Verde 1,5 milPedra Preta 1,4 milFonte: Famato e Acrismat