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Municípios contabilizam prejuízos junto aos suinocultores

<p>No Estado de Santa Catarina, a suinocultura é uma das principais atividades que impulsiona a economia.</p>

Redação SI (05/06/06)- Os problemas enfrentados pelos suinocultores catarinenses, já se estendem por seis meses. Desde dezembro, com o embargo russo a carne suína catarinense, devido a descoberta de caso de febre aftosa no Paraná, os suinocultores amargam prejuízos, ficando insustentável após o mês de março.

No Estado de Santa Catarina, a suinocultura é uma das principais atividades que impulsiona a economia. O Estado detém a maior, a melhor e mais desenvolvida suinocultura do país. Com rebanho permanente de 4,5 milhões de cabeças, 16% do rebanho nacional, responde por mais de um terço dos abates totais, totalizando 7,8 milhões de cabeças e por 40% dos abates industriais. Situados em Santa Catarina, os cinco maiores conglomerados agroindustriais do país sustentam 60% dos abates e 70% dos negócios suinícolas. Estes números ganham vida e expressão quando comparados com a pequena base territorial: Santa Catarina representa apenas 1,12% do território nacional. A dimensão social da suinocultura sobressai-se pelos 150.000 empregos que gera e pelas 500.000 pessoas que dependem dela diretamente.

Com esta importância econômica que tem para o estado, principalmente para a região Oeste, municípios que sobrevivem exclusivamente da renda gerada pela atividade suinícola, estão sofrendo as conseqüências desta crise. Um exemplo é Xavantina, o município é o que possui maior produção per capita de suínos no Brasil e segundo o prefeito, Osmar Dervanoski, o comércio local sente o reflexo imediato do problema. O produtor compra, mas não tem renda para pagar, não que estejam negando as contas, mas não tem condições, assim o comércio também não pode repor o estoque porque precisa de capital de giro. Daqui a pouco os bancos começam a cobrar as contas e têm produtores que mesmo vendendo suas propriedades, não conseguem mais pagar as dívidas, destaca. Dervanoski comenta que muitos produtores estão desmotivados e teme maiores problemas com a população, porque a atividade que é uma tradição na região, está se tornando inviabilizada.

De acordo com o suinocultor e comerciante Euclécio Pelizza de Xavantina, que absorve a produção de terceiros com mini integradora, no alojamento de 100 dias, hoje está amargando R$ 55,21 de prejuízo por suíno entregue. Como a suinícola Pelizza entrega 300 animais por dia, tem um prejuízo de R$ 16.563,00 por dia.