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Mercado Interno

Natal com carne suína

Consumo está aquecido e, mesmo com preços maiores, valores não superam os da carne bovina, que dispararam em SP.

Natal com carne suína

Leitão assado, pernil, costelinha, lombo, bisteca, bacon, torresmo, linguiça e salame. Certamente um desses ingredientes suínos vai frequentar mais de uma vez a mesa do brasileiro neste mês e tem grande chance de ser o prato principal nas ceias de fim de ano. Isso se a tendência de aumento de consumo de carne suína se confirmar até o último dia de dezembro. Segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o consumo per capita de carne suína deve fechar o ano com 14 a 14,5 quilos, ou seja, 2 quilos a mais do que o desempenho do ano passado.

Embora o brasileiro ainda prefira comprar, ao longo do ano, principalmente carne de frango – proteína responsável por 44% do consumo nacional, representando 40,1 quilos per capita/ano -, e, em seguida, carne bovina, com 41% do total, ou 37,3 quilos per capita/ano, a carne suína, que hoje ocupa o terceiro posto, com o índice de 15%, tem grandes chances de desbancar essas duas carnes na mesa do Natal e do ano-novo, seja na forma de tender, pernil ou leitoa à pururuca.

Mercado aquecido. Para o suinocultor, a elevação dos preços já havia confirmado o consumo aquecido antes mesmo de dezembro começar, com picos de preço no fim de novembro. Segundo a APCS, a arroba do suíno chegou a valer R$ 70 ao produtor. O quilo da carne ficou na média de R$ 5,60 e o preço do animal vivo, R$ 3,73.

“A expectativa do setor é que o preço continue firme, com o aumento de consumo”, afirma o presidente da entidade, Valdomiro José Ferreira, acrescentando que o bom momento atual é reflexo sobretudo de campanhas para quebrar o preconceito contra a carne de porco, vista como alimento com alto teor de gordura. “Hoje há várias linhagens suínas que produzem carnes saborosas e magras”, afirma Ferreira.
Outro fator que contribuiu para o crescimento do consumo está ligado à situação de estabilidade econômica do País, além do maior poder aquisitivo da população. “A carne suína está presente nas refeições do brasileiro e já entra pelo menos duas vezes por semana na mesa das classes D e E”, afirma o presidente da APCS.