A inflação dos serviços básicos no México continua afetando a alta do preço da carne suína em Guanajuato, conforme explica José Francisco Gutiérrez Michel, secretário de Desenvolvimento Agrícola e Rural de Guanajuato (SDAyR), que também informou que desde a fazenda, o preço por o quilo foi regularizado em 40 pesos.
“ A questão é da dona de casa, onde continuamos tendo problemas e questões inflacionárias, tem a ver também com o preço do combustível, o preço da eletricidade, que ainda é muito caro e não permite que os alimentos caiam ”, comentou.
Desde o mês de junho, os preços agrícolas por quilo de até 40 pesos em animais vivos passaram a ser regulados, mas uma vez que a carne passa por todos os processos de venda ao consumidor final, neste caso a dona de casa, é possível vendemos de 120 a 140 pesos por quilo de carne suína, elevando seu valor final em 300%.
Gutiérrez Michel comentou que os açougueiros, na hora de processar o animal para preparar a carne para venda, têm que primeiro transportá-la consumindo gasolina, que ultrapassa 23 pesos por litro, para depois realizar processos que requerem serviços de eletricidade, o que também foi visto em aumentar durante este ano.
“ Um animal vivo na fazenda custa 40 pesos o quilo, depois vem um processo, porque você tem que gastar com o abate, o corte, o transporte, a refrigeração da carne, a desossa, a confecção dos pedaços e é isso faz aumentar até chegar à dona de casa ”, comentou a proprietária SDAyR.
De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), a inflação em julho estava ao nível de 5,81 por cento, pelo que já acumula 5 meses consecutivos fora do intervalo da meta do Banco de México (BANXICO) que é para mantê-lo entre 2 a 4 por cento.
O secretário de Agroalimentação e Desenvolvimento Rural, comentou que em breve também haverá uma regulamentação sobre o preço do milho no estado, já que estão para ocorrer as primeiras safras do produto, para que os tortillers tenham a possibilidade de reduzir sua produção custos, porém, é possível que os custos operacionais continuem subindo, devido a uma inflação que não atinge seu valor ideal no país e que atinge o bolso dos mexicanos.
Acrescentou que infelizmente o açougueiro também é vítima da situação que atravessa a república, pois é difícil manter os preços baixos, devido ao aumento dos serviços e produtos básicos no México.
“ O preço pago ao produtor na fazenda já começou a ser um pouco regulado, a questão é nos açougues que às vezes custa mais trabalho baixar o preço para a dona de casa ”, comentou.