Com o objetivo de ampliar a oferta do biocombustível renovável no estado de São Paulo, MDC, pioneira e líder na produção de biometano no país, e a Solví Essencis Ambiental, maior operadora de aterros sanitários no Brasil, fecharam um acordo que prevê um investimento inicial de R$ 40 milhões em uma planta de geração de biometano a partir da operação da Solví em Caieiras.
A parceria atende à demanda crescente dos consumidores industriais por energia renovável e às metas de descarbonização da economia da iniciativa privada e de governos do mundo todo. A unidade vai produzir inicialmente 60 mil m³/dia de biometano a partir de 2023, podendo chegar a 100 mil m³/dia. A oferta ficará disponível para os consumidores conectados aos gasodutos do estado de São Paulo, em especial para grandes clientes que buscam reduzir sua pegada de carbono.
A produção deste biocombustível evita a emissão de metano na atmosfera, um gás de efeito estufa, causador do aquecimento global e 25 vezes mais danoso que o gás carbônico. O empreendimento em Caieiras evitará a emissão de aproximadamente 320 mil toneladas/ano de CO2e para a atmosfera, quantidade equivalente a emissão anual média de 63 mil veículos leves. Com a planta em Caieiras, poderão ser substituídos 60 mil litros de diesel por dia.
Além disso, o empreendimento também se insere no novo cenário regulatório, com a Lei do Gás e o Marco do Saneamento Básico, que podem impulsionar o “pré-sal” caipira, como é conhecido o biometano.
“A nova planta de biometano é muito atrativa porque permite a utilização de um combustível renovável, sem nenhum tipo de adaptação nas instalações do consumidor de gás natural, com previsibilidade de preços, além de benefícios ambientais para toda cadeia, ponto que aguçou o interesse do setor industrial comprometido com metas de redução da pegada de carbono”, afirma a presidente da MDC, Manuela Kayath.
Caieiras será a terceira planta de biocombustível da MDC, que já opera em outras plantas de produção de biometano em aterros no Ceará e no Rio de Janeiro, ampliando, assim, em 50% sua capacidade de produção.
No estado nordestino, onde a Cegás contrata toda a produção do aterro, em média, 20% de todo gás comercializado pela distribuidora é fornecido pela MDC, o que garante à rede do Ceará o maior percentual de combustível renovável do mundo. No Rio de Janeiro, com o biocombustível sendo destinado majoritariamente para abastecimento do mercado de GNV.
“A implantação da planta de biometano em nossa Unidade de Valorização Sustentável (UVS), vem para se somar ao portfólio de soluções inovadoras que oferecemos aos nossos clientes, característica marcante do DNA da Solvi Essencis Ambiental ao longo de sua história. Com essa planta temos a possibilidade de transformar “lixo” em biocombustível renovável, o que está totalmente alinhado com nossas práticas ESG, onde geramos aos nossos stakeholders valor sustentável na prática”, explica Ciro Gouveia, diretor executivo da Solvi Essencis Ambiental.
“Este projeto traz grande ganho ambiental, contribuindo para a eficiência energética e redução de emissões de metano no país, em total sinergia com a Política Nacional e Plano Estadual de Resíduos Sólidos”, acrescenta o executivo.