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Novo olhar sobre a carne suína: a vez dos açougueiros

<p>A venda de cortes de carne suína impulsionou de 50% a 267% as vendas de açougues e supermercados em vários Estados.</p>

Redação (23/07/2008)- Dentro da programação da Semana da Carne Suína haverá hoje, às 17 horas, no restaurante do SENAC da Rua André de Barros,750, em Curitiba, duas palestras para 50 profissionais açougueiros de supermercados sobre os novos cortes a serem apresentados ao público e as novas máquinas disponíveis para esta tarefa. O jornalista Fernando Barros, diretor de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e Joel Sant”Anna Pinto, representante da Selovac, indústria de máquinas, farão as exposições, enquanto o Mestre-Açougueiro Daniel Furtado, que veio de Minas Gerais especialmente para o evento, fará a demonstração dos cortes .

Novos cortes

Mesmo sendo o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína o Brasil é um dos que menos a consomem. Para se ter uma idéia, a Áustria consome 73 kg/habitante/ano, o que dá um bife de 200gr por dia; nosso vizinho Paraguai, consome 26kg/habitante/ano, ao passo que o Brasil consome apenas 13kg/habitante/ano, com um detalhe: destes, 10 kg são consumidos sob a forma de sub-produtos, como presuntos, lingüiças e salames e apenas 3 sob a forma de carne fresca. Para reverter este quadro é que a ABCS está se empenhando em mostrar à população e aos agentes intermediários os benefícios do consumo da carne suína. Um dos principais problemas detectados é que se conhece apenas três cortes da carne suína: lombo, costela e paleta. Mas, há possibilidade de se obter cerca de 45 cortes diferentes da carne suína, tantos quantos os da carne bovina. Assim, é perfeitamente possível, além de muito saudável, saboroso mais barato, se pedir picanha, alcatre, mignon, coxão mole, patinho e todos os outros cortes de carne suína.

As vantagens para a saúde

Na palestra realizada ontem à noite na Associação Médica do Paraná, a Prof. Doutora Neura Bragagnolo, da Unicamp demonstrou, entre outras, que um lombo suíno possui menos colesterol (49mg/100gr)) que a mesma quantidade de contrafilé bovino (51mg/100gr) ou de um peito de frango (53mg/100gr). Além disso, as proteínas da carne suína são mais digestíveis (94%) que o feijão (78%) ou que o trigo integral (86%). Com relação às vitaminas, uma porção de 100gr de carne suína fornece 63% das necessidades diárias de vitamina B1 em homens e 86% em mulheres, fornecendo também boa parte das vitaminas B2 e B3, importantes no crescimento em crianças e no metabolismo, além de redução do risco de doenças coronárias, entre outros benefícios.

Vantagens financeiras

Que a carne suína é bem mais barata do que a carne bovina é uma constatação da simples olhada na tabela de preços dos açougues, onde uma picanha suína custa a metade do valor de uma picanha bovina. Por isso, constitui-se em excelente alternativa para o consumidor que vê os preços das demais carnes se elevarem continuamente.

Mas, também do ponto de vista dos açougues e supermercados a carne suína tem apresentado vantagens. Depois de introduzidos pela nova campanha da ABCS, os supermercados de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro elevaram as vendas deste produto de 50% a 267%. A apresentação de novos cortes, do tamanho exato das necessidades dos consumidores e já temperado tem feito grande sucesso, porque as donas de casa não têm mais tempo para longas preparações do almoço, nem dispõe mais de empregadas fixas para preparar as refeições