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Processamento

O que os processadores precisam saber para melhorar a segurança alimentar

Segurança alimentar é simplesmente definida como a garantia de disponibilidade de comida nutritiva e saudável a todas as pessoas.

O que os processadores precisam saber para melhorar a segurança alimentar

Segurança alimentar é simplesmente definida como a garantia de disponibilidade de comida nutritiva e saudável a todas as pessoas. A ideia de segurança alimentar tornou-se uma preocupação importante tanto para o Departamento de Agricultura dos EUA quanto para os governos federal, estaduais e regionais. Alguns locais e populações foram identificados como possuidores de baixa segurança alimentar. Essas áreas e populações são propensas de serem minorias encontradas em áreas rurais remotas ou em áreas urbanas com acesso limitado a mercados alimentícios mais pujantes. (Nota: às vezes as pessoas conseguem segurança alimentar e defesa dos alimentos de forma indiscriminada; defesa alimentar é a proteção de produtos e instalações industriais de adulterações ou sabotagens deliberadas, como terrorismo). Todas as carnes têm uma vida de prateleira relativamente curta, e a distribuição dos produtos cárneos a populações com segurança alimentar baixíssima pode ser difícil de um ponto de vista logístico.

A pergunta decisiva com que os processadores de carne têm de lidar é: “Por que deveríamos nos preocupar com segurança alimentar?” Essa é uma questão filosófica sobre as responsabilidades da indústria privada para ajudar pessoas carentes. Resoluções sobre de que maneira os processadores de carne devem medir esforços para aperfeiçoar a segurança alimentar têm de se suceder nos níveis mais elevados de gerenciamento. Pode ou não haver custos tangíveis aos processadores envolvidos no asseguramento de que mais pessoas tenham acesso a produtos cárneos de qualidade, e os processadores precisam estipular o que pretendem fazer para aumentar a oferta de alimentos às populações com baixa segurança alimentar.

Então, por que um processador de carnes qualquer gostaria de se envolver com a questão da segurança alimentar?

Processadores de carne que instituem uma política ou uma missão para refinar a segurança alimentar podem receber benefícios que são custosos de se mensurar economicamente. Trabalhar para propiciar carne de alta qualidade a populações com baixa segurança alimentar pode ampliar a credibilidade das empresas junto ao público, o perfil da companhia pode crescer e outros tipos de publicidade boa podem ser usados para impulsionar as vendas e potencialmente encorpar os lucros. Por outro lado, existe simplesmente um imperativo moral, às empresas, para que deem assistência a pessoas com acesso a alimentos seguros, de alta qualidade?

De um ponto de vista prático, o que os processadores de carne podem fazer para aumentar a segurança alimentar? Há alguns procedimentos e disposições.

• Conheça seu produto; qual é a vida útil real dele? Para carnes frescas e processadas, a otimização da vida útil permite períodos mais extensos de distribuição, o que faz com que o produto chegue a regiões de baixa segurança alimentar e seja, ainda, uma fonte alimentar viável. A melhor parte de se ter uma vida útil prolongada está definitivamente no fato de isso estar relacionado com uma maior lucratividade. Há inúmeros recursos à disposição para processadores de carne com informações sobre como aumentar a vida útil, mas os principais métodos são sanitização adequada (mantenha a carne higienizada) e gerenciamento da cadeia fria (conserve a carne refrigerada);

• O que fazer com produtos inadequados à comercialização? Inteire-se das regulações do Departamento de Agricultura dos EUA sobre sua capacidade de doar produtos violados antes de contornar o problema. Pode ser possível transformar o constrangimento de um possível recall ou retirada de mercadorias de circulação em algo positivo por meio da doação dos produtos a bancos de alimentos locais. E os produtos recolhidos que forem seguros para o consumo? Por meio da cooperação com funcionários locais e regionais do Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos do Departamento de Agricultura dos EUA, você será capaz de recuperar produtos que sofreram recall;

• Tenha em mente o retrabalho. Retrabalho pode ser um problema difícil de se abordar. Pode-se desenvolver um plano que redirecione o retrabalho em um produto que poderia ser doado ou vendido com desconto. Por exemplo, bifes de hambúrguer congelados que estiverem deformados ou cujo teor de gordura estiver errado podem servir como forma de prover áreas de baixa segurança alimentar, ao invés de se retrabalhar esses produtos e ter que se preocupar com prováveis problemas ligados a rastreabilidade;

• Seja parceiro de uma organização sem fins lucrativos. Muitos bancos de alimentos teriam o prazer de trabalhar com processadores de alimentos a fim de distribuir produtos nas áreas de baixa segurança alimentar. Existem bancos de alimentos que funcionam em âmbito nacional, mas seria preferível fazer um trabalho local. Entretanto, grande parte do público suscetível a baixa segurança alimentar está localizado em áreas ermas; então, leve em conta o oferecimento de transporte dos produtos cárneos a regiões em que os alimentos cheguem às pessoas que não teriam acesso a esses itens;

• Trabalhe com serviços governamentais de ajuda a fim de conceber um plano de fornecimento e distribuição de produtos a pessoas que estão sujeitas a baixa segurança alimentar. A questão da segurança alimentar deveria ser um tópico de interesse a seu sistema de gerenciamento, e eu encorajaria todos os processadores de carne, tanto os grandes quanto os pequenos, a desenvolverem planos ou programas para abordar essa questão. O retorno pode ser maior do que você imagina, e a satisfação de fornecer produtos cárneos de alta qualidade a pessoas necessitadas carrega um valor que tem proporções incalculáveis.