Redação (13/11/06) – Os aumentos de preço da carne bovina e do frango repercutiram favoravelmente sobre a carne suína, que estava com os preços mais baixos que o normal, aumentando sua demanda e, por conseqüência, os preços pagos aos produtores.
A esse aumento de demanda interna somaram-se as boas exportações de agosto e setembro (a Abipecs considera que algo próximo de 50 mil toneladas é bom nas circunstâncias atuais), possibilitando os aumentos do suíno vivo nas últimas duas semanas no Paraná e em Santa Catarina, aproximando mais os preços destes estados dos do Rio Grande do Sul.
No estado gaúcho, os preços estão estabilizados em R$ 1,90/kg para os produtores independentes e em R$ 1,55/kg nas integrações. No Paraná, os independentes receberam R$ 1,60/kg; as integrações pagaram R$ 1,45/kg. Em Santa Catarina, desde a semana passada, os preços estão em R$ 1,54/kg para o suíno tipificado e em R$ 1,45/kg para o não tipificado.
O novo problema que surge para os suinocultores é o aumento do preço do milho, que se refletirá sobre o custo de produção. Se este não for acompanhado pelo aumento do suíno, se estreitará a margem do produtor.
A produção suinícola já está programada desde meados do ano (as matrizes industriais alojadas neste ano aumentaram 7,6%); portanto, os preços dependerão da demanda interna e das exportações. Para Santa Catarina, se depois das inspeções o embargo for levantado, existe a possibilidade de exportar para o Chile.