As donas de casa estão sentindo no bolso a variação do preço do ovo e do frango nos supermercados. Os alimentos estão 25% e 40% mais caros, respectivamente, em todo o Brasil.
De acordo com o presidente da Associação Cearense de Avicultura Aceav), João Jorge Reis, a situação é consequência do pequeno estoque de milho e soja para o abastecimento das granjas. A alta do preço iniciou-se em agosto deste ano.
“Todos os produtos de origem animal produzidos com ração baseada nesses grãos terão o valor aumentado”, explica. O Ceará produz, em média, três milhões de ovos por dia e cinco milhões de quilos de frango por semana.
Preço – Reis afirma que o preço da soja subiu cerca de 80% e o do milho 50% e, com isso, os produtores de frango repassaram para o consumidor não esses percentuais, mas, entre 25% e 40%. O preço do ovo passou de R$ 5 (bandeja com 30) para mais de R$ 6. Já preço do frango aumentou de R$ 4 (o quilo) para R$ 5,50. “Agora a tendência é estabilizar”, comenta.
O alimento – Apesar do aumento do preço, a nutricionista Fabiana Pontes indica o consumo de ovo pelo menos quatro vezes por semana. “Ele é uma proteína de alto valor biológico para as células, se equiparando à carne do frango e do peixe no que diz respeito à quantidade de proteínas”, afirma. Além disso, o alimento é rico em colina, substância que ajuda na transmissão dos impulsos nervosos e protege o organismo contra as doenças cardiovasculares.
A gema – parte amarela – é rica em vitaminas. Essa parte do ovo é importante para o funcionamento do cérebro, a força muscular e a saúde dos olhos. “A gema é indicada para crianças e para aquelas pessoas que adoram estudar”, diz Pontes. Outros nutrientes presentes no ovo são: o ferro, as vitaminas do complexo B, A, D, e antioxidantes como a luteína e a xantina – que protegem a visão.