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Logística

PAC monitorado

<p>Produtores rurais e dirigentes dos setores da indústria, comércio e serviços de MT lançam movimento para controle das obras do programa.</p>

Sob a liderança de organizações de produtores rurais, dirigentes dos setores da indústria, comércio e serviços de Mato Grosso lançaram um inédito movimento de monitoramento e controle sobre as obras de infraestrutura e logística previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o Estado. A iniciativa, anunciada durante a Bienal da Agricultura 2009, prevê um acompanhamento criterioso do andamento das obras das BRs 163, 242 e 158, além do lobby pela aceleração dos projetos de construção da ferrovia Leste-Oeste e da hidrovia Teles Pires-Tapajós.

A meta do “Movimento Pró-Logística” é influenciar desde a formulação do orçamento, passando pela liberação de recursos até a verificação dos gastos efetivos. “Mato Grosso não é o fim, mas o meio da linha”, diz um dos coordenadores do movimento, o pecuarista Marcos da Rosa. “Porque o município de Uruaçu, no norte de Goiás, e que fica na mesma linha daqui, tem condições melhores de logística que Mato Grosso?”, questiona.

Os produtores lideram, mas querem ir além das lavouras e pastagens para mostrar ao governo as vantagens que a sociedade do Estado terá quando essas obras prioritárias forem concluídas. Os benefícios, segundo os organizadores, passam pela redução dos frequentes acidentes nas rodovias federais do Estado, a prestação de socorro mais efetivo a usuários de ambulâncias e a menor emissão de gases causadores do efeito-estufa com o uso do transporte multimodal. O objetivo das organizações é melhorar os índices de desenvolvimento humano (IDH) do Estado.

Os coordenadores do movimento prometem pressionar parlamentares, ministérios e órgãos federais envolvidos com o planejamento e a execução das obras no Estado. Um dos líderes da bancada ruralista, o deputado federal Homero Pereira (PR-MT) entende que não faltam recursos para as obras, mas as dificuldades impostas pela complexa legislação ambiental brasileira. O diretor-geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, afirmou que há problemas com recursos.

O orçamento para hidrovias, por exemplo, estão concentrados na construção da eclusa de Tucuruí (PA). “Colocamos R$ 1 bilhão para essas obras, mas só conseguimos gastar R$ 635 milhões, dos quais 90% foram para Tucuruí”, lamentou. No sábado, Pagot, ex-braço direito do governador Blairo Maggi, autorizou o início das obras de restauração da BR-364 e visitou trechos da BR-163 em vários municípios.