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Pacote Agrícola

<p>Ministro diz que a ação não deverá atender todas as reivindicações do setor.</p>

Redação (23/05/06)- O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que o conjunto de medidas – que deverá ser anunciado pelo governo na próxima quinta-feira -, aliado às mudanças no câmbio que estão sendo planejadas pela equipe econômica, poderá “acabar com a pior crise no campo nos últimos 40 anos”. Rodrigues admitiu, no entanto, que nem todas as perdas do setor agrícola nos últimos dois anos serão recuperadas.

“O pacote para a agricultura ainda não está fechado”, disse Rodrigues a jornalistas antes de proferir uma palestra organizada pela Câmara Brasileira de Comércio na Grã-Bretanha. Ele explicou que o pacote terá “três vertentes”. A primeira incluiu um plano de safra para o próximo ano “com mais dinheiro e juros menores do que no passado”. Além disso, serão tratados “temas estruturais da agricultura, com ênfase no seguro rural e cujo ponto central é criação do Fundo Catástrofe, mas também algumas questões tributárias”.

Rodrigues ressaltou a ajuda da agricultura será reforçada pela medidas para o câmbio que estão sendo estudadas pela equipe econômica.

Segundo Rodrigues, o governo está convencido de que a crise na agricultura vem tendo reflexos fortes em outros setores da economia. “Os problemas com grãos estão destruindo a renda de municípios e Estados da região Centro-Oeste”, disse. “O governo tem clareza hoje que existe um efeito dominó, que se inicia antes da porteira da fazenda – nos insumos, produtos, máquinas etc – para fora da porteira. É preciso se encontrar soluções consistentes e por isso acredito que teremos um pacote adequado.”

No entanto, ele admitiu que o pacote não será suficiente para atender todas as reivindicações do setor agrícola. “O buraco no setor agrícola nos últimos dois anos é de R$ 30 bilhões”, disse. “Não existe política pública que disponibilize os recursos suficientes para tampar esse buraco, mas espero que o pacote minimize o problema. Com a solução da questão cambial, aí sim, poderemos ver o fim da crise no câmbio.”