Engenheiro químico de formação, Mastrogiacomo é especialista em produtos curados e cozidos pela Stazione Sperimentale de Parma (Itália), com curso de Qualidade Total da Juse (Japão), curso de PDE (Fundação Dom Cabral), MBA pela Fundação Getúlio Vargas e pós-graduação em gerenciamento da produção (Unoesc/UFSC).
O conteúdo abordado pelo palestrante demonstrou que depois de anos crescendo a taxas elevadas, com média de 8,34%, o Brasil aumentou o consumo interno chegando à 32,3 kg/hab. Por isso as agroindústrias foram criando novos produtos. De um frango inteiro surgiram dezenas de produtos in natura, depois começamos a temperar, marinar, industrializar e empanar. Pratos que antes eram preparados em casa pelas nossas mães e esposas, passaram a ser preparados industrialmente e alcançaram todos os pontos do Brasil, salientou Mastrogiacomo.
A carne de frango chegou aos os consumidores de todas as classes porque o preço era competitivo e, a quantidade, suficiente para abastecer o mercado. A produção aumentou, o consumo interno estava abastecido, então o Brasil começou a conquistar o mundo, exportando o frango inteiro para diversas nações, principalmente para países árabes. Depois vieram as partes e conquistamos a Europa, enviando o peito desossado a vários países. Veio o Japão e a perna desossada classificadas e embaladas; as asas para o Extremo Oriente; os miúdos e as patas para Hong Kong. O frango brasileiro conquistou o mundo pela sua qualidade, quantidade e preço. No ranking mundial o Brasil ganhou posições importantes e chegou ao 2o. lugar como país produtor e exportador, somente abaixo dos Estados Unidos.
Sobre as expectativas para 2003, o diretor disse que devido ao avanço na produção e na exportação, novos crescimentos já são apontados, baseados no alojamento das matrizes no último trimestre de 2002. As entidades que dirigem a avicultura estimam em 5% o crescimento da produção. O desafio deste ano consiste em derrubar as barreiras comerciais e sanitárias, abrindo novos mercados para a carne de frango.