Redação (18/01/07) – O Estado vizinho reclama que Santa Catarina e Rio Grande do Sul mantêm barreiras sanitárias para os produtos paranaenses e ameaçam adotar o “princípio da reciprocidade”.
Ontem, o secretário da Agricultura do Paraná, Newton Pohl Ribas, tem uma reunião com o colega catarinense, Antonio Ceron, acompanhado do diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, e do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Gabriel Alves Maciel.
A reunião está prevista para as 9h30min, na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, em Florianópolis. De acordo com Roni Barbosa, do Comitê Estadual de Sanidade Animal, não há como permitir a entrada de carne com osso do Paraná, justamente no momento em que Santa Catarina busca o reconhecimento internacional de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação.
Barbosa disse que, de acordo com a Organização Mundial de Sanidade Animal, Santa Catarina só pode permitir entrada de animais e carne com osso de áreas livres de aftosa com vacinação.
De acordo com portaria 40 do Ministério da Agricultura, se enquadram nesta definição o Acre, Rondônia e Rio Grande do Sul. Barbosa disse que atualmente entram carcaças suínas do Paraná somente para industrialização em unidades com serviço de inspeção federal. Ele não vê motivo para retaliação.
O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina, Enori Barbieri, disse que o Estado vizinho quer vender carne bovina, enquanto o produtor catarinense já enfrenta baixos preços.
O Paraná causou um prejuízo sem precedentes para Santa Catarina e agora quer tumultuar.
Além dessa ameaça, os suinocultores catarinenses enfrentam o embargo russo, que já dura 13 meses, e os argentinos estão acusando o Brasil de praticar preços abaixo do mercado para eliminar a concorrência.