Redação (06/11/2008)- Na próxima segunda-feira (10/11), a Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) e o Banco do Brasil firmarão uma parceria para estimular o desenvolvimento do cooperativismo paulista. A parceria pretende potencializar a utilização dos produtos e serviços do banco, em especial as linhas de financiamento aos produtores rurais e os mecanismos de proteção da moeda e do produto. A Ocesp estima que a parceria gere um aumento de até 50% no volume de recursos que chegarão aos cooperativados na próxima safra.
"Na safra 2007/2008, as cooperativas de São Paulo acessaram R$ 330 milhões em crédito rural junto ao Banco do Brasil. Com esta parceria, esperamos que alguns entraves encontrados pelos produtores no relacionamento com o Banco sejam removidos, e desta maneira permitir que o volume acessado tenha um expressivo crescimento", prevê o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande. "Precisamos criar mecanismos para facilitar o acesso ao crédito, pois os produtores de cooperativas já se vêm encurralados pela atual crise financeira", ressalta Del Grande.
A parceria prevê uma série de medidas, como treinamentos e capacitação de gerentes e funcionários do Banco do Brasil e das cooperativas, a fim de permitir que os cooperados utilizem todo o potencial de crédito do Banco para o setor. "Muitas vezes, as cooperativas têm linhas de financiamento específicas disponíveis no BB, mas faltam a elas informações sobre como se adequar ao perfil exigido e conseguir esses recursos", explica o presidente da Ocesp.
Outra iniciativa que será adotada por meio da parceria é a implantação pelo Banco do CFC (Canal Facilitador de Crédito) nas cooperativas interessadas. O principal benefício do CFC é cadastrar os produtores associados diretamente no Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar). "O BB tem dificuldade em cadastrar pequenos produtores no Pronaf. Isto agora irá mudar e as cooperativas cadastradas no Programa terão recursos aprovados mais facilmente", diz Del Grande.
"Esta parceria significará mais segurança para as cooperativas agropecuárias e de crédito rural", acredita o presidente da Ocesp.