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Pecuária emprega 34 mil cearenses

<p>A pecuária gera mais de 34 mil empregos no Ceará e tem grande importância na economia do Estado. Alguns exemplos de sucesso e a tecnologia utilizada no setor estão em exposição no PecNordeste 2005, que prossegue até amanhã no Centro de Convenções do Ceará.</p>

Da Redação 16/06/2005 – O Ceará tem grande vocação para a pecuária porque tem os elementos essenciais para desenvolvê-la: três mil horas de sol/ano e logística para exportar para os principais mercados mundiais. A afirmação é do secretário da Agricultura e Pecuária do Ceará, Carlos Matos Lima, que destaca o crescimento da apicultura, aqüicultura, especialmente a criação de tilápias, e estrutiocultura (criação de avestruzes). No Seminário Nordestino de Pecuária (PecNordeste 2005) e Feira de Produtos e de Serviços Agropecuários, aberto ontem no Centro de Convenções, estes segmentos e os da avicultura, bovinocultura, caprino-ovinocultura, suinocultura e o de pequenos animais estão representados com as melhores experiências e tecnologias utilizadas hoje.

Para Carlos Matos o que falta é fortalecer um projeto de alimentação de baixo custo para a pecuária. Lembra que o programa Pasto Verde, por exemplo, aumenta a produtividade e reduz o custo de produção do leite em até 60%. O secretário também está animado com a criação de avestruzes no Estado e garante que no máximo em 2006 os criatórios do Ceará vão poder abater as aves. Entre eles estão o Aravestruz, em Sobral, e o Avestruz Master, em São Gonçalo do Amarante.

O PecNordeste e a feira objetivam contribuir para a maior integração das cadeias produtivas do agronegócio regional, para a difusão de tecnologias disponíveis e a inovação do sistema produtivo atual, nas atividades que compõem a pecuária da região. A nona edição do seminário tem como tema “Agronegócio da Pecuária – Gestão e Desenvolvimento”. Estão presentes produtores rurais de todos os municípios do Ceará e de vários estados do Nordeste. Este ano a expectativa é que 600 produtores, uma média de 200 por dia, passem pelo evento que termina amanhã.

Além de seminários, oficinas de capacitação, apresentação das cadeias produtivas os visitantes contam com feiras de artesanato. José Ramos Torres de Melo Filho, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), diz que o evento visa contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária regional, bem como debater a gestão agronegócio. “A pecuária nordestina, mesmo a mais, é a atividade que menos sofre os efeitos das irregularidades climáticas, o que por si só justifica todo este esforço”, afirmou ele, durante a abertura do evento ontem pela manhã

Para Carlos Matos a Pec Nordeste fortalece os avanços tecnológicos do campo e a ajuda a promover a organização do setor. Adianta que o evento traz técnicos e lideranças nacionais para interagir com os produtores locais. Ontem, após participar do seminário: Defesa Sanitária Animal com ênfase na erradicação da febre aftosa, o secretário disse que este ano o Estado vai investir R$ 5 milhões em defesa agropecuária. Com o apoio do Ministério da Agricultura será estruturada o sistema de defesa agropecuária vegetal e animal do Estado.

Adiantou que estuda a possibilidade de fazer a sorologia da aftosa para acelerar o processo de reconhecimento do Ceará como zona livre de febre aftosa. Desde abril de 1997 não é confirmado nenhum foco da doença em território cearense e este ano, numa primeira etapa, foram vacinados 85% do rebanho bovino do Estado estimado em cerca de 2,1 milhões de cabeças.