Redação (11/09/2008)- O uso de tecnologia deixou de ser privilégio apenas das grandes propriedades rurais. Cada vez mais pequenos produtores estão atentos às novidades que garantem melhorias na produtividade, sustentabilidade e lucro. O acesso às inovações tecnológicas normalmente é garantido por meio de cooperativas, associações, prefeituras, participação em palestras, seminários e dias de campo, muitas vezes promovidos pelos próprios institutos de pesquisa.
Um bom exemplo de uso de tecnologia também encontrada nas pequenas propriedades é a produção de aves em Santa Catarina. "Aves hoje são uma atividade que, embora no âmbito familiar, exige uma boa infra-estrutura com aviários grandes e equipados", diz Élcio Figueiredo, chefe-geral da unidade de suínos e aves da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instalada em Santa Catarina.
Segundo ele, normalmente o investimento é todo do produtor. "Alguns usam recursos próprios, outros financiam. Quando trabalham no sistema de integração com grandes indústrias são as empresas que dão o aval para ele obter financiamento", conta Figueiredo.
No caso dos produtores que trabalham no sistema de integração, a tecnologia referente à segurança dos alimentos, genética e raça é fornecida pela integradora. Já cuidados sanitários e com o meio-ambiente podem ser buscados junto aos institutos de pesquisa. Ao longo dos 33 anos de existência da Embrapa Suínos e Aves, mais de 400 tecnologias foram disponibilizadas para os produtores. Entre as tecnologias mais utilizadas nas pequenas propriedades, Figueiredo destaca a linhagem de aves para a linha colonial com a poedeira 051 e o frango de corte 041.
"Hoje, nutrição, vacinas e equipamentos estão na mão da indústria privada. Meio ambiente, sanidade e novas raças são desenvolvidas pela Embrapa", explica Figueiredo. A entidade também desenvolve soluções com cisternas que permitem captação, filtragem e armazenagem da água da chuva.