Redação (02/05/06) – A perda agregada na economia de Mato Grosso do Sul desde o fim de outubro de 2005 quando surgiram os primeiros casos de febre aftosa no Estado já ultrapassam R$ 2 bilhões. A informação é do secretário de Produção e Turismo de Mato Grosso do Sul, Wilson Gonçalves. Segundo ele, o valor é referente ao que deixou de ser arrecadado em toda a cadeia produtiva e comercial: produção de grãos e carnes, vendas de insumos e movimentação comercial. A informação foi prestada na tarde de hoje, durante coletiva na sede do Banco do Brasil para divulgar as regras para arrolamento das dívidas de produtores rurais sul-mato-grossenses.
Gonçalves lembrou que, apenas no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), as perdas ligadas unicamente à aftosa passam de R$ 120 milhões. Os problemas agravaram a situação, uma vez que já somamos dois anos consecutivos de estiagem, adiantou o secretário. A seca levou diversos municípios, em 2005, a decretar situação de emergência. Neste ano, oito cidades já declararam problemas com a seca. Para Wilson Gonçalves, essa situação pode ocasionar perdas de até 15% em toda a produção.
O secretário apontou, ainda, que determinados setores produtivos já apresentam recuperação. A avicultura dá sinais de estar se restabelecendo, após o surto da gripe aviária. Os preços estão melhorando, afirmou. Ele disse que, antes do surgimento da doença, o quilo do frango era vendido por até R$ 1,80, e, no auge da gripe, o valor chegou a R$ 0,80. Atualmente, o frango seria comprado nas granjas por R$ 1,10.