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Plantel está diminuindo

O pesquisador do Instituto Cepa, de Santa Catarina, Jurandi Machado aponta que o plantel suinícola está em queda.

Redação SI 01/07/2003 – “Em decorrência dos 15 meses de crise que o setor suinícola vive, o plantel de matrizes no campo está em queda”. Esta é a afirmação do pesquisador do Instituto Cepa, de Santa Catarina, Jurandi Machado, em visita a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). De acordo com Machado, a produção está sofrendo uma adequação a demanda. “Houve uma redução de aproximadamente 10% no plantel de matrizes e no de suínos prontos haverá uma redução neste ano de 6% a 7% em volume de cabeças e 4% em toneladas do produto”, explica.

Segundo Jurandi Machado, como a atividade suinícola tem uma importância social muito grande, sobretudo pelo emprego que gera nas cidades, é mais provável que hoje a crise tenha uma reflexo econômico maior na área urbana do que no campo. “É claro que o setor sofreu muito, houve municípios que decretaram estado de Calamidade Pública em decorrência desta crise”, ressalta. O momento difícil é sentido por ser um setor que emprega muitas pessoas, mas movimenta na economia do Estado mais de dois bilhões de reais por ano.

Perspectiva – A previsão é de que a produção de suínos brasileira vai declinar neste ano. Mais especificamente no sul do Brasil, que representa em torno de 54% da produção nacional. Jurandi Machado afirma que a produção vai decrescer em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. “Ainda há uma certa dúvida com relação ao Paraná, mas existem algumas variáveis mostrando que a produção pode continuar crescendo apesar da crise”, destaca. Este crescimento se deve a alguns fatores particulares do estado do Paraná como maior disponibilidade de milho a um preço mais competitivo. Normalmente lá, os suinocultores também são grandes produtores de milho, o que facilita a atividade. Existem os tributos que as agroindústrias do Paraná pagam, que é inferior do que as agroindústrias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina pagam. “Neste momento eles estão mais competitivos no mercado, o que pode indicar um crescimento contínuo na produção de suínos no Paraná”, acrescenta Jurandi.