Desde a participação da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) na ExpoSuper (Feira de Produtos e Serviços para Supermercados e Convenção Catarinense de Supermercadistas), na última semana de junho na cidade de Joinville, em parceria com o Sebrae/SC e a Associação Catarinense de Supermercados (Acats), os frigoríficos expositores no estande já acusam a abertura de novos mercados para a venda de seus produtos.
Grande exemplo desse cenário é o frigorífico Notable, da cidade de Grão Pará, região Sul de Santa Catarina, que hoje comercializa 12 toneladas semanais de carne suína para supermercados de Joinville. “Antes, não vendíamos carne suína para nenhum estabelecimento na cidade, hoje, depois de divulgar nossos trabalhos na feira e manter contato com as redes de supermercados já iniciamos com um volume bastante considerável para o frigorífico”, destacou o gerente, Jorge Henrique da Rosa. Atualmente, o Notable atende os estados da região sul e sudeste desde 2006 com cortes suínos como filé, paleta, costela, pernil, entre outros e também comercializa meia carcaça para supermercados que realizam os cortes na própria loja. “Em São Paulo, já aumentamos nossas vendas em 20% em menos de dois meses, isso mostra o quanto o mercado interno está aquecido e absorvendo essa demanda”.
O mesmo acontece no Frigolaste da cidade de Seara (SC) que esteve na mesma ação e registra aumento nas vendas de carne suína em 20% desde julho. No inicio do ano o frigorífico abatia 500 cabeças semanais e no segundo semestre ampliou o comércio para 650. Segundo o gerente comercial, Carlos Alberto Dalle Laste, a previsão para o final de 2010 é abater mil animais semanais, o equivalente a 100 toneladas de carne suína. “Nós já estávamos programando um aumento de comercialização esse ano, por isso toda a divulgação que está sendo realizada no estado garante que teremos demanda”, contou.
Já o frigorífico Primaz, situado na cidade de Rio Negro no Paraná, mas que tem 60% de sua comercialização voltada para Santa Catarina, aumentou a comercialização de carne suína in natura em 15% na comparação com o mês de junho. No ramo de industrializados, o frigorífico, que a atende toda a rede Walmart de Santa Cataria e do Paraná, teve aumento ainda maior, da ordem de 60%. “Fechamos grandes negócios na ExpoSuper que trouxeram aumento significativo na demanda, tanto que pretendemos dobrar nosso abate diário que hoje é de 200 animais, para cerca de 500”, contou o gestor do frigorífico Luciano Tumelero. Ainda segundo ele, no prazo de um ano o frigorífico tem meta de aumentar a comercialização para mil animais abatidos por dia.
Para o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi, os resultados de aumento da comercialização da carne suína no estado confirmam que a participação na Exposuper foi essencial para a divulgação da carne suína “A feira é o caminho direto de acesso ao mercado consumidor, e também a grandes mercados”. Lorenzi também ressaltou a importância em estar presente no maior evento de geração de negócios de Santa Catarina e considerado uns dos mais importantes do país: “a feira se transformou em uma vitrine de nossas ações no Projeto”.
Essa também é a visão do coordenador de projetos de agronegócios do Sebrae/SC, Gilson Santos. Para ele “a feira trouxe aos frigoríficos uma oportunidade de comercializar para novos mercados”. Já o analista técnico também do Sebrae/SC Valdir Airton Ramthum acredita que o mercado tem necessidade de cortes diferenciados já que o consumidor está cada vez mais exigentes. “A participação na feira é uma oportunidade de estar mais próximo do consumidor seja ele intermediário ou direto”.