Na tarde desta segunda-feira (05/12) foi oficializado o lançamento do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) no estado de São Paulo, durante a Reunião da Câmara Setorial de Carne Suína, na Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, em Campinas/SP. As atividades, que iniciam em janeiro de 2012 e se encerram ao final de 2013, tem como parceiros a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), o Sebrae/SP, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).
Atualmente, o estado representa o maior polo econômico do país e realiza apenas na capital cerca de 860 mil transações de cartão de crédito por dia, conta com 240 mil lojas, e 34 mil indústrias, além de outras cifras impressionantes quando o assunto é consumo. O estado também é polo do agronegócio brasileiro e sede de muitas empresas do setor suinícola. “Seu potencial consumidor como um todo, aliado a renda média de sua população configura São Paulo como um dos principais incentivos e propulsores para a continuidade e consistência das ações do PNDS em âmbito nacional”, comentou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, ao receber a informação sobre a adesão.
A suinocultura paulista detém ainda 120 mil matrizes em seu território e representa o quinto maior estado produtor do país. Com um plantel geral de 2.880.000, São Paulo produziu em 2010 cerca de 156 mil toneladas e alcança atualmente a fatia de quase 10% do total de suínos produzidos no Brasil.
A expectativa da coordenadora nacional do PNDS, Lívia Machado, é sensibilizar mais de 4 milhões de pessoas nas cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e São José dos Campos. “O objetivo final do Projeto em São Paulo, que acontece até 2013, é aumentar 5% de carne suína produzida no estado e ampliar as vendas em 15%”, comenta, ressaltando a importância de incluir ao PNDS o maior polo econômico do país. “Termos o estado como aliado significa garantia de aumento ao consumo da carne suína, de disseminação das qualidades da carne suína e num futuro próximo, a quebra do paradigma de que nosso produto faz mal a saúde humana”, completa.
O presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, se mostrou otimista com as perspectivas de resultados que o Projeto pode trazer para o aumento do consumo. “O valor de R$ 2 milhões em investimentos representam a força do nosso estado em volume de consumo, mas também a responsabilidade que assumimos”, disse o presidente, ressaltando que no primeiro momento os objetivos são o fortalecimento industrial e varejista. “Nossa participação será ativa com grande presença dos produtores paulistas e também das agroindústrias, quatro já firmam parceria para as ações no ano que vem” comentou.
Na oportunidade a ABCS realizou o lançamento do Manual de Boas Práticas Agropecuárias na Produção de Suínos, uma publicação de 140 páginas que reúne informações sobre os principais temas da suinocultura, divididos em 12 capítulos. De maneira didática o documento traz orientações sobre biosseguridade e ferramentas de controle sanitário, manejos reprodutivo, de terminação e de pré-abates, cuidados na alimentação, gestão ambiental, entre outros. O trabalho é resultado de uma parceria entre a ABCS, a Embrapa Suínos e Aves, e o Ministério da Agricultura. A expectativa é que o manual se torne uma importante ferramenta na padronização da atividade.