O poder de compra dos suinocultores no estado de São Paulo está passando por uma significativa mudança de cenário, impulsionada pelas recentes flutuações nos preços do suíno e do farelo de soja. De acordo com análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa dinâmica é resultado de fatores distintos que afetam os dois segmentos.
A valorização do suíno, observada a partir da segunda metade de novembro, é atribuída à crescente demanda pela carne, especialmente durante o período de fim de ano. Os frigoríficos têm intensificado suas aquisições de novos lotes para abate, impulsionando os preços do animal vivo. Essa tendência tem impactado positivamente os suinocultores paulistas, que experimentam um aumento no poder de compra.
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Por outro lado, o mercado de farelo de soja apresenta uma dinâmica oposta. Os preços desse derivado estão em queda, influenciados por fatores externos e cambiais. A desvalorização externa e a oscilação cambial afastaram demandantes do spot nacional, exercendo pressão sobre os preços. Além disso, a melhoria nas condições climáticas em grande parte das regiões produtoras de soja no país também contribui para essa queda. As recentes chuvas no Cerrado brasileiro proporcionaram alívio aos produtores, permitindo o avanço na semeadura da safra 2023/24.
O equilíbrio entre essas duas variáveis tem impactos significativos na economia local, destacando a sensibilidade do mercado agropecuário às flutuações conjunturais. Os suinocultores paulistas agora se beneficiam do aumento no poder de compra, enquanto os desafios persistem para os segmentos relacionados ao farelo de soja, que continuam a enfrentar pressões externas e climáticas.
