Redação (30/08/07) – A Secretaria da Agricultura do Estado divulgou ontem a primeira previsão de safra e mostrou que, para a soja, haverá aumento de apenas 0,1% na área plantada e de 1,6% na produção, estimada em 11,995 milhões de toneladas. O milho deverá ocupar espaço 3% maior, mas a expectativa de colheita é de 8,7 milhões de toneladas, 1,7% menor que a do período anterior, quando a produtividade média obtida, de 6,68 mil quilos por hectare, foi 24,7% superior à das últimas quatro safras.
A área de cultivo foi mantida em 5,8 milhões de hectares porque a fronteira agrícola do Paraná está praticamente esgotada. Mas o clima é de otimismo, devido aos preços da soja e do milho. A secretaria informou que o preço médio da saca de 60 quilos de milho ontem era de R$ 17,50, 48,3% maior que em agosto de 2006. No caso da soja a alta foi de 14,5%, para R$ 31,64. A isso se soma o uso de tecnologia, o clima bom e aumento na produtividade, condições que o secretário Valter Bianchini espera que se repitam em 2007/08.
A maior produção do Estado foi obtida em 2002/03, quando a colheita foi de 30,2 milhões de toneladas. Mas depois os agricultores enfrentaram problemas climáticos. Na safra 05/06, por exemplo, foram colhidas 23,9 milhões de toneladas. Na 06/07, que está sendo concluída, o volume deverá chegar a 29,5 milhões de toneladas.
A área plantada com milho será de 1,367 milhão de hectares e a com soja, de 3,95 milhões de hectares. A área de cana-de-açúcar deverá crescer 5,4%, para 582,2 mil hectares, principalmente sobre áreas de pastagens na noroeste. A produção está estimada em 49,3 milhões de toneladas, alta de 5,7%. De acordo com Bianchini, a expansão dessa cultura no Paraná é limitada pelo clima e competição com outras culturas lucrativas.
A secretaria prevê que a área de feijão deverá sofrer redução de 15,3% para dar espaço para o milho, porque os agricultores tiveram perdas em função de chuvas na colheita e preços baixos na comercialização. A produção poderá ser 2,3% menor, ou de 552 mil toneladas. Para o café, a área cresce 0,7%, mas a produção será 20% maior, de 124,2 mil toneladas.