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Sanidade

PR encerra treinamento contra influenza aviária

<p>O Paraná foi escolhido para sediar o treinamento porque é o maior produtor e exportador de aves do País.</p>

O Paraná está preparado para enfrentar a influenza aviária. Durante uma semana, cerca de 180 técnicos dos governos estadual, federal e da Organização Panamericana de Saúde trabalharam em um simulado em oito focos da doença em quatro municípios da região: Sabáudia, Arapongas, Astorga e Pitangueiras. As ações fizeram parte do 1º Simulado Nacional em Emergência Sanitária Avícola, que culminou com o sacrifício sanitário de cerca de 500 aves em uma propriedade de Astorga. O objetivo era treinar efetivamente os técnicos em caso de necessidade de abate.

O vírus da influenza aviária – popularmente conhecido como a “gripe do frango” – ainda não circula no continente americano, mas a intenção foi preparar os profissionais para enfrentar a doença, caso a enfermidade seja registrada no plantel nacional. O Paraná foi escolhido para sediar o treinamento porque é o maior produtor e exportador de aves do País. O objetivo do simulado era avaliar o plano de contingência do governo federal.

“Será preciso fazer algumas mudanças simples, mas que não interfiriram no desenvolvimento do trabalho. De modo geral, os objetivos foram alcançados e a avaliação é que eles (profissionais) aprenderam”, diz Marco Antônio Teixeira Pinto, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Tanto que o trabalho desenvolvido no combate à influenza servirá de modelo para outras enfermidades. No entanto, para Teixeira o treinamento evidenciou a falta de pessoal.

A Seab tem cerca de 160 veterinários e, até o final do ano, deverão ser contratados mais 20. “O principal desafio é o contingente. Em caso de foco, independente da zoonose, todos os nossos profissionais estariam envolvidos”, diz. Ele acrescenta que a Divisão de Defesa Sanitária Animal tem atuação em 12 programas diferentes. Ao todo, foram “confirmados” oito focos de influenza aviária em um raio de 15 quilômetros. Mais de 200 propriedades foram visitadas, que têm mais de 1,5 milhão de aves alojadas.

Para Bruno Rebelo Pessamilio, coordenador de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o treinamento conseguiu cumprir todas as etapas programadas, com a investigação dos focos, interdição das propriedades, estabelecimento das barreiras, desinfecção de veículos e o sacrifício. “É preciso ajustar alguns detalhes operacionais, mas são poucas coisas”, comentou.