Após um 2012 complicado para o setor avícola paranaense, os primeiros meses deste ano parecem ser de alívio para as grandes empresas do segmento. A produção de carne de frango cresceu 11% em abril, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O salto foi de 112,6 milhões de cabeças abatidas para 125,4 milhões. No comparativo com o mês de março, o incremento foi de 7,8%. Os números são do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar).
No acumulado do ano, entre janeiro e abril, o Paraná abateu 478,12 milhões de cabeças. No primeiro quadrimestre de 2012 o montante foi 473,35 milhões de aves, alta modesta de 1%. Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, o crescimento de 11% em abril é justificado pelo maior número de dias úteis em relação ao ano passado, o que fez com que os abatedouros trabalhassem por mais tempo. “Esse percentual não seria justificado se não fosse o maior número de dias trabalhados. De qualquer forma, a tendência é que haja crescimento daqui pra frente”, avalia Martins.
O otimismo de Martins é embasado no início de abate em novas plantas de algumas regiões do Estado nos próximos meses. A Cooperativa Industrial Cocari, de Mandaguari, deve ativar um abatedouro nos próximos 90 dias.
Já a Copacol, de Cafelândia, em parceria com a Cooperativa Coagru, de Ubiratã, instituiu a Unitá Cooperativa Central. Juntas as cooperativas projetam a inauguração do Abatedouro de Aves com capacidade de abate inicial de 160 mil cabeças ao dia, com projeção de ampliação para o abate de 320 mil aves ao dia a partir de 2015. “Quando a Diplomata fechou, o volume de produção deles acabou sendo absorvido pelas outras empresas e a produção não caiu. Além disso, temos estas novas plantas que vão incrementar o setor”.
A região Noroeste, que concentra 13 indústrias, foi responsável por 44,1% da produção, abatendo 55,32 milhões de cabeças no último mês. O Nordeste do Paraná, com 14 empresas, abateu 32,55 milhões de aves, ficando em segundo lugar com 25,95% do total produzido. Em terceiro ficou o Sudoeste, com cinco indústrias, com 21,82% da produção, o que representa 27,37 milhões de cabeças. Já o Sudeste, com quatro abatedouros, respondeu em abril por 8,14% da produção estadual com o abate de 10,20 milhões de aves.
Para 2013, a expectativa do Sindiavipar é um crescimento de 6% em toneladas. Isso porque as aves estão sendo abatidas com maior peso, já que o mercado de cortes (o principal hoje nos estabelecimentos) exige que os frangos fiquem por mais tempo na granja antes de serem abatidos. “Este ano também não temos mais preocupação com a falta de matéria-prima, o que tanto nos incomodou no ano passado. Não vai faltar milho e soja para o setor, o que nos deixa mais aliviados”.