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Mercado Interno

Preço do suíno reage e a criação volta a dar lucro em SC

Preço é um dos maiores já pagos, segundo Associação dos Criadores. Depois de amargar prejuízos, produtores estão felizes.

Preço do suíno reage e a criação volta a dar lucro em SC

Uma granja que fica no interior de Xanxerê, no oeste catarinense, tem um plantel de 600 matrizes e mais de 2 mil leitões. Por mês, cerca de mil suínos são destinados ao abate.

O produtor está recebendo pouco mais de R$ 3 pelo quilo do suíno vivo, enquanto até o ano passado, o valor era de R$ 2,30.

O preço médio do quilo do suíno vivo cotado nos principais estados produtores está, em média, 35% superior ao recebido no mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Cepea, o Centro de Pesquisas Aplicadas da USP.

O presidente de uma das principais agroindústrias do país, Mário Lanznaster, comemora a recuperação do setor. A expectativa é de abater 160 mil suínos a mais que o ano passado.

O criador Fritz Wehebrink tem ainda mais motivos para comemorar. O ano passado foi difícil, mas ele usou a criatividade e conseguiu driblar a crise. Depois de reduzir em 20% o plantel, Fritz teve uma ideia, mudou o ciclo de produção do suíno, parou de engordar o animal até os 23 quilos e resolveu criar apenas leitões para vender para outros criadores terminarem o ciclo.

Hoje, um dos maiores gargalos da suinocultura é o custo de produção. Os maiores gastos são com a mão de obra e com a alimentação, mas com a mudança no ciclo de produção, o produtor está conseguindo resultados melhores. Ele economizou na ração e está faturando com as vendas. Agora que o setor voltou a aquecer, Fritz está conseguindo ganhar até três vezes mais que no ano passado. “Fazia tempo que eu não via o preço do porco tão bom como agora”, diz.