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Preço pago pelo suíno em Minas Gerais apresenta melhora

A expectativa do presidente da Asemg é que, nas próximas semanas, haja uma valorização da carne suína, com o quilo do suíno vivo chegando a R$ 2,00.

Redação SI 06/08/2003 – A procura por suínos em Minas Gerais tem sido boa, segundo o presidente da Associação de Suinocultores de Minas Gerais – Asemg – José Arnaldo Cardoso Penna. Mesmo assim, os preços não têm se elevado como os suinocultores esperavam. A média praticada no Estado tem sido R$ 1,95. Mas, em algumas regiões isoladas, os suinocultores chegam a receber R$ 2,24 por quilo de suíno vivo, quando o custo de produção varia entre R$ 1,60 e 1,65. “A oferta está ajustada à procura. Não tem sobra. Os preços praticados foram acordados em reunião com os frigoríficos”, afirma Penna.

A expectativa do presidente da Asemg é que, nas próximas semanas, haja uma valorização da carne suína, com o quilo do suíno vivo chegando a R$ 2,00. A evolução nos preços dependerá de um aquecimento no consumo, que anda retraído. Penna acredita que o consumo será aquecido com a volta às aulas, o recebimento dos salários pelos trabalhadores (no início do mês), e a necessidade dos frigoríficos começarem a estocar produção pensando no final de ano.

O abastecimento de milho em Minas Gerais é “tranqüilo”, conforme Penna. O Estado teve uma boa safra, com cinco milhões de toneladas. A demanda anual da suinocultura é por 1.100 toneladas de milho. O presidente da Asemg afirma que Minas exporta muito milho na safra, e importa de Mato Grosso e de Goiás no período de entressafra, devido a um sistema de armazenamento deficiente. Atualmente, poucos produtores de suínos armazenam milho na propriedade.

Na semana passada, foi lançado um programa que visa aumentar a produção do cereal em 20% ao ano, e inclui financiamento para construção de armazéns para estocagem, o que deixa os suinocultores mais otimistas.

Sobre a prorrogação das dívidas dos suinocultores mineiros, elas só estão ocorrendo no Banco do Brasil. Os bancos particulares não estão respeitando a decisão do Mapa após pedido da ABCS, feito também em audiência pública na Câmara federal, há algumas semanas. “A suinocultura mineira está lutando para conseguir seu espaço, com o apoio da ABCS. Mas a questão dos financiamentos, só conseguimos há 15 dias. E a notícia do governo é que não haverá prorrogação das dívidas por mais de 60 dias. Havia esta promessa do Mapa, que ia sugerir ao Ministério da Fazenda a prorrogação por cinco anos. Foi um pedido da ABCS acordado na audiência pública e com o Mapa”, lembra Penna.

A Asemg tem 1.200 associados, proprietários de 1.500 granjas. O Estado caracteriza-se pela produção independente, que soma 98% dos suinocultores. Os poucos integrados que tem localizam-se na região do Triângulo Mineiro.