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Preços agrícolas voltam a cair em SP

A retração foi determinada pelo comportamento das cotações no grupo de produtos de origem animal.

Da Redação 23/03/2004 – 06h19 – O índice de preços recebidos (IPR) pelos produtores agropecuários paulistas, pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado – encerrou a terceira quadrissemana de março com variação negativa de 1,02%, uma perda de 0,32 ponto percentual em relação ao intervalo imediatamente anterior. Com o resultado, Nelson Martin, diretor do IEA, passou a prever a queda do indicador no acumulado do mês.

Na terceira quadrissemana a retração foi determinada pelo comportamento das cotações no grupo de produtos de origem animal, que, em média, recuou 2,21%. A queda foi puxada pela redução de 14,97% nos preços pagos aos produtores de aves, mas a alta de 10,05% no caso dos suínos também mereceu destaque. Segundo Martin, a oferta de carne suína está restrita e as exportações estão mais aquecidas, o que explica o ganho.

No grupo de produtos de origem vegetal – que, em média, caiu 0,35% na terceira quadrissemana do mês, as maiores baixas foram as do amendoim (13,67%) e da laranja (5,49%), mas a recuperação dos preços pagos aos produtores de algodão, que subiram 9%, chamou a atenção. Para Martin, o mercado interno está comprador tendo em vista o aumento das exportações do país.

Os preços agrícolas também voltaram a cair no atacado paulista. Segundo levantamento da MSConsult com base em uma cesta de 14 produtos, na semana entre 11 e 18 de março houve variação negativa de 0,1%. Em média, contudo, as cotações deste mês ainda estão 1,6% acima da média observada em fevereiro, conforme Fabio Silveira, responsável pela pesquisa.

Para o acumulado de março, Silveira prevê valorização média dos preços agrícolas no atacado paulista da ordem de 1% sobre fevereiro. Uma das bases desta tendência é o açúcar, cuja oferta está limitada em razão do pico da entressafra de cana e cujos preços já subiram 9,3% entre os dias 11 e 18.