Redação (25/09/2008)- A participação de produtos alimentícios chineses nos lares brasileiros é pequena – mas vem crescendo. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), as importações chinesas entre janeiro e agosto desse ano somaram US$ 36 milhões, o equivalente a 1,6% do total importado no período, que atingiu US$ 2,2 bilhões.
No entanto, em comparação ao mesmo período de 2007, quando importou US$ 30 milhões, o montante cresceu 20%. Em volume, o salto foi maior: 64%, de 14 mil para 23 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano. De acordo com a Abia, a maior parte dos produtos (58% do valor e 70% do volume) é de ração para animais domésticos.
"Os demais produtos estão essencialmente nas categorias de pescados, sucos e farinha de arroz", afirma Amílcar Lacerda, gerente do departamento de economia e estatística da Abia. Segundo ele, não há importação de laticínios e carnes da China. "A legislação sanitária brasileira é muito rígida nesse aspecto", diz.
No início deste ano, duas empresas chinesas e uma importadora americana foram indiciadas por vender ingredientes com melamina usados na produção de ração animal. A substância ajudava as empresas a atingirem os níveis de proteína exigidos. Centenas de gatos e cachorros nos EUA adoeceram e alguns morreram por conta do glúten de milho e da proteína de arroz usados na ração.