Valentini destaca que hoje há US$ 3,6 bilhões em investimentos fixos (estrutura, equipamentos, instalações etc.) nas granjas de suínos do Brasil
Redação SI (19/08/05) – O novo presidente da ABCS está há pouco mais de um mês no cargo e já desenvolveu grandiosos projetos para dar uma guinada de 360 graus na estrutura e na atuação da entidade. Rubens Valentini pretende, até o final do seu mandato, profissionalizar a ABCS e criar uma estrutura técnica e de assessoria para fornecer dados concretos sobre a suinocultura do Brasil. “O primeiro passo para essa profissionalização é saber quem é a suinocultura brasileira. Saber, de fato, o número do nosso rebanho, das nossas matrizes, da nossa produção, o número de granjas, de produtores. Não podemos mais trabalhar com estimativas”, disse Valentini. Segundo ele, a proposta seria a de realizar um verdadeiro Censo no setor. “Quero realizar um levantamento de dados da suinocultura em nível nacional e regional para podermos ter informações concretas sobre a atividade no Brasil. Nesse sentido, e com os dados atualizados em mãos, a ABCS poderá ser a fonte oficial do setor”.
Rubens Valentini e Fernando Barros, diretor de Comunicação e Marketing da ABCS, estão elaborando ações para a profissionalização da entidade
Para tanto, Valentini diz estar procurando órgãos e instituições competentes para a realização de uma pesquisa dessa grandeza. “Ainda não temos um prazo estipulado para o início, ou para o final, dessa pesquisa. Mas isso é algo que precisamos fazer com urgência”.
Outra proposta da nova diretoria é a criação de um Comitê Técnico da ABCS. Este Comitê terá a participação de 18 membros, todos profissionais das áreas de nutrição, saúde, meio ambiente e produção. “A idéia é que este Comitê crie projetos de trabalhos para as diversas áreas da criação de suínos”, revela. O presidente também destaca o interesse de contratar para a ABCS um profissional técnico para atuar como um secretário executivo da associação. “Estamos procurando alguém com formação em agronomia e mestrado em economia. Este perfil dará maior abrangência às informações e aos trabalhos que queremos desenvolver na ABCS”, diz Valentini. “Eu como presidente da associação quero colocar a suinocultura brasileira na grande imprensa e atingir os mais variados públicos. Precisamos trabalhar mais arduamente a qualidade da carne suína produzida no Brasil para alavancar o seu consumo”.
Valentini sabe que esse trabalho não será fácil e que irá precisar do apoio de todo o setor produtivo da carne suína. “Não podemos deixar a carne suína continuar perdendo lugar na preferência do consumidor. Em 1970, o suíno tinha 26% de participação no consumo e carnes entre os brasileiros. Hoje, esse número é de 16%”, compara. “Isto representa uma queda de 40% na participação interna da carne suína”.