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Primeira Assembléia descentralizada da ACCS reúne mais de oitenta pessoas

<p>O evento ocorreu em Braço do Norte no Sul do Estado de SC e reuniu presidentes de Núcleos Municipais e Regionais de Criadores de Suínos, de todo Estado.</p><p></p>

Redação SI (08/05/06)- Pela primeira vez em 47 anos de Fundação da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, a Entidade organizou a Assembléia Geral Ordinária de Prestação de Contas, fora de Concórdia onde está sediada. O evento teve início com a apresentação de todos os funcionários e colaboradores da ACCS, para que todos pudessem conhecer as pessoas que trabalham e contribuem para o andamento da Entidade na execução dos projetos em benefício dos suinocultores. Todos os presentes também fizeram uma auto-apresentação, demonstrando a presença de mais de 60 municípios do Estado. O presidente da ACCS, Wolmir de Souza, destacou também a longa viagem que foi feita pelos suinocultores que saíram do Extremo Oeste Catarinense, mas que valeu a pena pelas belezas que conheceram no decorrer do caminho.

Iniciando os trabalhos coordenados pelo presidente da ACCS, que lembrou os suinocultores da demora para concretização dos Projetos e vendas dos Créditos de Carbono, gerados através dos dejetos de suínos, é pela responsabilidade e preocupação que a diretoria da ACCS tem para não deixar os suinocultores em situações complicadas mais tarde. Está se buscando conhecer cada passo a fim de dar segurança aos produtores e fazer um trabalho responsável, observou. Souza destaca, porém que o projeto está pronto e a partir de agora deverá andar com mais agilidade, adiantando que a execução será em breve.

Termo de Ajustamento de Condutas

Foi levantada também discussões sobre a implantação do Termo de Ajustamento de Condutas da suinocultura, que políticos estão se aproveitando da época eleitoral para tentar ser o salvador da Pátria, induzindo os suinocultores de que aderir o TAC é assinar a Sentença de Morte. Souza destacou que não há por parte deles, a preocupação com a poluição do Meio Ambiente por dejetos de suínos e na inviabilidade da atividade dentro de mais alguns anos se continuar nesta situação.

Prestação de Contas

Na principal ordem do dia que foi a prestação de contas do ano de 2005, o responsável pela área contábil e administrativa da ACCS, José Vicente Ugolini, destacou entre os principais eventos promovidos pela Entidade, a Suileite que movimentou mais de cinco milhões de reais e envolveu dois setores fortes da economia do Estado, a suinocultura e bovinocultura de leite. Ugolini lembrou também que o recolhimento do Fundo de Marketing que era a ACCS que coordenava até 2004, passou a ser administrado pela Abipecs, dificultando o trabalho de divulgação do produto no Brasil. Destacou porém que o Frigorífico Pamplona de Rio do Sul e Fricasa de Canoinhas, reduzindo consideravelmente os recursos.

Sobre as receitas e despesas do ano de 2005, no relatório final, a empresa contratada pela auditoria, aprovou todas as contas e informou que o total de despesas foi de R$ 1.701.171,71 e a receita foi de 1.998.167.31. O contador destacou também o bom andamento da Entidade, na aplicação dos recursos em projetos desenvolvidos.

Um dos componentes do Conselho Fiscal, Francisco Hildebrando Cordeiro, relatou em nome do Conselho, que todas as contas foram encontradas em dia, com fácil acesso, muito bem organizado todos os relatórios, não deixando dúvidas sobre o trabalho e as documentações do setor administrativo e financeiro.

O parecer do Conselho Fiscal é de que tudo foi analisado e encontrado em perfeita ordem e reflete a realidade da ACCS, sendo assinado pelos membros do Conselho Fiscal.

A atual situação da Suinocultura

Como não poderia deixar de ser, o assunto mais debatido, foi o atual momento da suinocultura, onde produtores estão ouvindo comentários de o culpado pela não abertura do mercado russo as carnes catarinenses, é o presidente da ACCS, Wolmir de Souza, após conhecer e divulgar os números de exportação, onde demonstrava que em janeiro de 2006, foi exportado mais que em janeiro de 2005, quando não havia embargo. Diante disso houve uma polêmica também relacionada ao pagamento de propina aos fiscais russos, para o embarque de carnes com data alterada. Mas mesmo assim, os suinocultores reforçaram seu total e irrestrito apoio ao presidente, afirmando que suas ações foram corretas, demonstrando que tem personalidade e posicionamento.

Souza observou que alguma coisa precisa ser feita e pediu a opinião dos presentes para saber quais ações poderão ser feitas que provoquem uma reação positiva. Por unanimidade, foi aprovada que dever se agendada para breve uma reunião com o Governo do Estado de SC, Secretário da Agricultura e alguns setores da suinocultura, buscando uma resposta imediata para o problema, em seguida, outras ações poderão ser tomadas.

Representação política

O último assunto a ser discutido na Assembléia da ACCS em Braço do Norte, foi com relação aos suinocultores escolherem candidatos a Deputado Federal e Estadual, que sejam comprometidos com o setor. Os suinocultores precisam ter seu representante político que tenha conhecimento de causa, destacou o suinocultor de Joaçaba, Antonio Carlos Ramela.

Foi definido que é importante promover discussões sobre o assunto e para as próximas eleições, os suinocultores deverão escolher alguns nomes, promover debates em cada região, buscando um comprometimento do candidato com a suinocultura, para que se tenha de quem cobrar um posicionamento mais tarde.