Redação AI (13/03/06)- O setor, vem perdendo renda segundo o vice-presidente da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi), Cláudio César Casagrande, está, desde o ano 2000, sofrendo com a redução na rentabilidade. ””Nos últimos quatro meses estamos pagando para trabalhar””, reclama.
A crise da avicultura de postura, para Casagrande, não difere da dos outros setores agrícolas do Estado e do País, promovida pelos baixos preços dos produtos e o alto custo de produção. As despesas com mão-de-obra são apontadas como uma das principais da atividade. ””Há dez anos o preço da caixa de ovos (30 dúzias) se mantém em torno de R$ 25,00. O custo de produção hoje fica em torno de R$ 30,00. Quem paga a conta?””, questiona.
Em Londrina, o produtor Rubens Sussumu Ogassawara, que está na atividade há mais de 30 anos, também reclama que as contas andam no vermelho desde setembro do ano passado. Ele se destaca entre os grandes produtores do Estado, com um plantel aproximado de 250 mil aves, e a produção de 18 mil dúzias de ovos/dia. ””O segredo para sobreviver no mercado é baixar o custo de produção””, resume.
Mas baixar o custo de produção não parece uma matemática tão simples assim. ””São necessários altos investimentos na reforma do criatório em espaços totalmente automatizados””, explica. Na Granja RS, Ogassawara possui apenas um barracão nesse sistema, implantado há cinco anos, que abriga 90 mil aves. O ambiente é climatizado com temperatura média de 23C. ””Tudo aqui é automático colocação da ração, coleta de ovos, e até mesmo retirada de esterco””, diz o veterinário Américo Sazaka.
Esteiras instaladas ao lado das gaiolas trazem os ovos para outra esteira que os leva diretamente para o galpão de limpeza e classificação. O contato dos ovos com as mão dos funcionários praticamente se restringe ao processo de embalagem. ””Um funcionário cuida sozinho deste galpão, quase que só para vistoriar as gaiolas e retirar frangas mortas””, explica.
Sazaka admite que a automação diminui os postos de trabalho na granja, além de exigir pessoas com mais qualificação, ””que entendam dos equipamentos””. O veterinário revela que o proprietário da granja tem projetos de ampliação da produção. ””A granja tem espaço para mais sete barracões automatizados, sendo que um deles deve ser instalado até o final deste ano””, informa.