Redação SI 30/07/2002 – Os números referentes aos abates do segundo trimestre do ano mostram uma curva descendente. No entanto, não sinalizam uma redução da oferta. Em razão das dificuldades de mercado, as indústrias e os pequenos abatedouros artesanais estão segurando os abates, represando a produção no campo.
As atuais previsões para a produção estadual poderão ser revistas mais ao final do ano, de acordo com o pesquisador Jurandi Soares Machado, do Instituto Cepa de Santa Catarina. Como o mercado, que tradicionalmente reage no inverno, ainda não esboçou um movimento capaz de enxugar os excedentes, a instabilidade dos preços deve persistir.
Por outro lado, como a pressão sobre os custos tende a se intensificar, a produção poderá encolher, seja pela eliminação de matrizes, seja pela diminuição do peso médio de abate. “No entanto, o mais prudente é esperar-se uma oferta mais equilibrada com a demanda somente para 2003, pois uma redução dos plantéis terá efeito somente dez meses à frente”, conclui Machado.