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Produtor de suíno pede mais financiamentos

Suinocultores brasileiros querem que o CMN avalie as distorções verificadas na cadeia produtiva da carne suína.

Redação SI 28/04/2003 – Suinocultores brasileiros querem que o Conselho Monetário Nacional (CMN) avalie as distorções verificadas na cadeia produtiva da carne suína, em especial, os preços e margens praticadas pelos diversos segmentos que a compõem. Eles pedem também que se viabilize a prorrogação dos financiamentos dos suinocultores, contraída tanto para custeio como para investimento, com prazos de 5 e 20 anos, respectivamente.

Essas reivindicações fazem parte de documento elaborado em Belo Horizonte na última sexta-feira, quando foi encerrada o X Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

Grave crise

“O setor passa pela pior crise de sua história, pois o preço pago pelo quilo vivo é apenas dez centavos a mais do que o valor do custo de produção por quilo”, disse José Braun, presidente da ABCS.

Segundo ele, as reivindicações justificam-se pelo momento dramático vivido pelos suinocultores que há mais de 15 meses amargam pesados prejuízos, comprometendo a sua permanência na atividade. “O consumidor final paga caro pela carne de suíno e o produtor está nesta situação. Por isso, reunimos com representantes de toda a cadeia para a elaboração do documento”, completa ele.

Segundo levantamentos efetuados pela Asemg, o quilo vivo pago ao produtor de suíno gira em torno de R$ 1,80 e o custo da produção é de R$ 1,70 por quilo. Nos supermercados, segundo informações da entidade, o consumidor chega a pagar R$ 7 pelo quilo.

Os produtores, além da dificuldade no mercado interno, têm dificuldades, também, nos negócios externos. “As exportações são concentradas na Rússia, com 80% dos destinos, Argentina e Hong Kong. Devemos buscar alternativas de mercado, pois a Rússia está impondo barreiras sanitárias para nossos produtos”, afirma.

Ele disse que a Argentina deve exportar mais carne suína neste ano, pois o aumento das encomendas já é percebido. Outros mercados que a ABCS acredita é China e Países Baixos, que já sinalizaram expansão nas compras.