Os criadores de frango do Paraná estão tendo um bom final de ano. O custo de produção diminuiu e os preços no mercado são animadores.
Quando o alarme soa, criador Leomar Casarolli. Esse alerta indica que a energia elétrica acabou e é preciso ligar o gerador que mantém a temperatura agradável nos aviários para que os frangos não sofram com o calor desta época. “Nós tivemos um caso muito sério que foi a morte de 38 mil frangos. Hoje, eu não fico sem gerador na propriedade”, diz.
O equipamento, que custou R$ 50 mil, foi um dos investimentos feitos pelo produtor no sítio em busca de qualidade. Hoje, o criador aloja 85 mil frangos que estão distribuídos em quatro barracões. “Nós temos que ter um rigor na limpeza do aviário e no bem-estar do animal. Ele tem que sair um frango bom e com saúde para chegar à casa do consumidor um frango com qualidade”, explica.
Os frangos produzidos pelos cooperados são entregues no frigorífico que pertence a Coopavel, a cooperativa de Cascavel. Além de atender ao mercado interno, a produção é exportada para 20 países. Têm sido comuns visitas de compradores da Ásia interessados em fechar negócios com os brasileiros.
Para a cooperativa, 2013 foi o ano de sorte. Embora tenha mantido a produção no mesmo nível do ano passado, de 200 mil abates ao dia, a empresa conseguiu ter um aumento na margem.
“O ano passado foi um ano de desequilíbrio devido ao custo maior e a questão de dólar quanto às exportações de carne de frango. Esse ano é bastante equilibrado e positivo porque tivemos valores nos insumos para a produção de ração menores e a valorização melhor do dólar, com mais reais quando se faz a venda do frango”, diz Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.
O preço do frango está hoje mais alto no exterior. No período de janeiro a novembro, as exportações somaram US$ 7,3 bilhões, com aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.