Na Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, os dirigentes estavam apreensivos.
Eles esperavam que o Conselho Monetário Nacional aprovasse, ainda na semana passada, as medidas para socorrer o setor, entre elas, a prorrogação das dívidas e a garantia de que receberiam R$ 2,30 pelo quilo do animal vivo na região Sul e Sudeste e R$ 2,15 no Centro-Oeste.
A indefinição sobre o pacote de medida já traz problemas para os produtores. Segundo a associação, alguns deixaram de pagar as dívidas com desconto no banco, esperando a prorrogação e agora temem a cobrança judicial. Outros relataram que esta cobrança já foi enviada aos cartórios.
Os produtores pedem pressa porque a situação se agrava a cada dia. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os maiores estados produtores, 400 granjas já foram fechadas.
O Ministério da Agricultura não quis dar entrevista. Em nota, a assessoria de imprensa divulgou que as medidas ainda não foram votadas por causa da agenda extensa do Conselho Monetário Nacional.
O Ministério da Fazenda informa que as medidas podem estar na pauta da próxima reunião do conselho, marcada para esta quarta-feira (01).