Redação (11/09/2008)- Regularidade de chuvas a partir de outubro. Essa é a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para os produtores das regiões Centro-Sul, que começam a plantar a safra de verão, no fim deste mês. De acordo com o chefe do Serviço de Pesquisas Aplicadas do Inmet em Brasília, Expedito Rebello, no Centro-Oeste a chuva deverá aparecer a partir de 25 de setembro e será regularizada no início de outubro. “Isso vai resultar em 180 milímetros de chuvas, o que varia entre 15 e 20 dias de tempo chuvoso. São boas condições para o plantio, principalmente de culturas como soja e milho”, analisou.
No Sudeste, a intensidade de chuvas será maior no estado de São Paulo e no centro de Minas Gerais. No norte de Minas, a previsão é de ocorrer a partir de 15 de outubro. Já na região Sul, as chuvas, que começaram em junho, estão bem distribuídas. “Já ultrapassaram até um pouco a média, o que ocasionou aumento da umidade do solo, mas os agricultores não precisam se preocupar porque, em outubro, haverá alternância entre dias chuvosos e ensolarados”, ressaltou Rebello.
Estações meteorológicas – Desde 1996 o Inmet faz previsões meteorológicas. Hoje, são 726 estações em todo o território nacional, sendo 422 automáticas e 304 convencionais. A meta para este ano é completar 500 estações automáticas, o que permitirá pontos de captação a cada 150 km. Por meio dessa rede, é possível verificar informações sobre temperatura, umidade, pressão atmosférica, chuvas, direção e velocidade dos ventos, bem como radiação solar das áreas. A cada hora, os dados de todas as estações no País são integralizados, transmitidos por satélite e telefonia celular para alimentar o banco de dados do Inmet, em Brasília.
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Plantio- Os produtores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste se preparam para o plantio de soja, milho, arroz e feijão na safra de verão, que inicia entre os meses de setembro e outubro. Para alcançar bons resultados na lavoura, os agricultores contam com os indicadores do zoneamento agrícola, estudo técnico-científico que recomenda a época mais adequada para cada cultura, conforme a localização geográfica, divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é reduzir os riscos no desenvolvimento das culturas em períodos de adversidades climáticas.
De acordo com o coordenador-geral de Zoneamento Agropecuário, do Mapa, Gustavo Bracale, a ferramenta utiliza dados climáticos como chuva e temperatura, características do solo (capacidade de retenção de água) e comportamento da cultura (ciclo e fases fenológicas).
“Contamos com informações de quase 3,5 mil estações meteorológicas espalhadas por todo o território nacional. O trabalho aplica equações estatísticas e probabilidades para que se obtenha, no mínimo, 80% das necessidades hídricas das culturas. Ou seja, se um produtor seguir os indicativos por 10 safras consecutivas, alcançará sucesso em pelo menos oito”, explicou Bracale.
Histórico – O Zoneamento Agropecuário de Risco Climático, implementado desde 1996, contempla 25 culturas, entre anuais (replantadas a cada ano) e perenes (com ciclos longos). Até o fim do ano, o trabalho incluirá as culturas de canola e coco. O Distrito Federal e 22 estados já contam com esse estudo. Mais informações no endereço eletrônico www.agricultura.gov.br, link serviços – zoneamento agrícola.
