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Propriedade de terras é mais pulverizada

<p>Mesmo com os dados defasados, consolidados pelo governo federal até 2000, é possível verificar uma suave desconcentração da propriedade das terras no Brasil.</p>

Redação (28/08/07) – Mas ela ainda continua elevada. Embora com a ressalva da revisão de conceitos e critérios estabelecidos ao índice de Gini, usado na medição desse grau de desigualdade, a concentração evoluiu de 0,836 em 1967 para 0,802 em 2000, segundo dados do Dieese e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Quanto mais próximo de 1, maior é a concentrada da distribuição da terra. 

Quando comparado aos resultados nacionais, Mato Grosso ampliou o índice de concentração. Passou de 0,858 para 0,804 no mesmo período. Em ambos os casos, o índice ficou acima da média nacional. Os dados do Dieese, baseados em levantamentos do IBGE em 1996, mostram que o Estado do Mato Grosso tem 32% de estabelecimentos agropecuários com área entre 10 mil e 100 mil hectares. No Brasil, somente 12,2% das propriedades têm esse tamanho. Com mais de 100 mil hectares, existem 9,3% das fazendas de Mato Grosso ante apenas 2,3% da média nacional. 

"A concentração [de terras] é maior nas áreas de fronteira, mas principalmente em Mato Grosso", diz Matuzalém Cavalcante, mestrando em Geografia pela Unesp de Presidente Prudente. Levantamento feito por Cavalcante aponta os municípios com maior expansão de áreas de propriedade do Brasil, entre 1992 e 2003. Na lista, estão Juara, com 994,4 mil hectares; seguido por Cocalinho, com 779,3 mil hectares; e Paranatinga, com 753,8 mil hectares.