Da Redação 14/05/2004 – 05h33 – A força do vento acabou com as plantações do milho em Dois Irmãos e Vila Ipiranga, distritos de Toledo, a 60 quilômetros de Cascavel.
Aviários ficaram destruídos. Só em um deles, o dono perdeu 10 mil frangos.
Na propriedade de José Irineu Riedel, a tempestade derrubou três barracões utilizados para criar porcos. Ele não tem seguro de nada. Prejuízo de R$100 mil.
“Não sei o que vou fazer daqui para frente. Ficou a minha terra, mas as instalações para o trabalho não sobrou nada”, diz seu José.
Para que os porcos não fiquem mais um dia debaixo de chuva, os frigoríficos estão recolhendo os suínos antes da hora para o abate.
Nenhum está com o peso ideal, mas é a única solução para evitar perdas maiores.
Cada barracão demora um mês para ser construído. O carregamento exige o apoio de toda a família e até dos vizinhos.
Atimar Puirsch, criador, vai mandar 400 animais para o abate. O seguro vai cobrir as despesas inclusive a do telhado onde fica a ordenhadeira. Por alguns dias, tirar o leite, só da maneira tradicional.
“Para a ordenha tem eu, minha mulher e minha mãe. Somos só os três. Vai devagar, mas vai”, diz seu Atimar.
Numa cooperativa, em Cafelândia, uma das maiores do Paraná, o temporal atingiu armazéns e secadores. Mais de 200 mil frangos deixaram de ser abatidos.
“Os prejuízos das estruturas físicas, recebimento, elevador, secador, descoberta da estrutura de armazenagem onde tinha farelo e outras rações, tenho certeza que, preliminarmente, o prejuízo supera R$5 milhões”, prevê Valter Pittol, presidente da cooperativa.