Redação (08/08/2008)- Jogar o jogo com as regras rascunhadas e pactuadas pelos atletas daquele jogo, tendo a consciência de que os personagens da partida um dia podem mudar e, com isso, novas normas serem re-negociadas pelos players entrantes. É a propalada e útil democracia, assimétrica, espinhosa e extenuante por si própria, mas também gratificante até aos que insistem em assistir a tudo, postados na arquibancada. E, se fosse a democracia simétrica, reta e cartesiana, certamente não faria jus ao nome.
Entender isso é fundamental para quem ergue e re-ergue, pinta e re-pinta, todos os dias, o cooperativismo, esse modelo desejado por inúmeras castas e praticado apenas por quem percebe o quanto as verdades podem ser bem mais verdadeiras na manhã seguinte.
O cooperativismo exige pactos, que é diferente de convencimento. Pactuar é co-vencer, ou vencer em conjunto. No ato de convencer, o “suor” unilateral até pode irrigar a todos, mas se utiliza da sofreguidão, gerando mais alienados do que cidadãos. Quando a ideologia co-vencedora prevalece, o compromisso é assumido por todos, para o bem de todos, de forma transparente e com tratados construídos horizontalmente.
Assim, no cooperativismo autêntico, a paz decorre da justiça. Esta, antes de ser alimentada pelas leis, é nutrida pelo comportamento ético, límpido e desinteressado. Como conseqüência desse modelo de inserção mercadológica e social, amplia-se a felicidade coletiva e têm-se novos patamares de consciência: sim, por um lado gente mais crítica, mas de outra parte, mais preparada e madura para desafios até então não experimentados.
O cooperativismo é sustentado por valores que buscam preservar a essência do humanitarismo, ou seja, da vida, por mais que, em alguns duelos, tenhamos de recuar individualmente para que a equipe gere vantagens que possam ser estendidas a todos. Queres entrar nesse jogo? Há vagas!