Redação (26/03/07) – Em 40 anos de trabalho, o criador Silfredo Muller não lembra de uma situação com esta: em Toledo, oeste do Paraná, o suíno era vendido para os frigoríficos por R$ 3,40 o quilo em 2005. No começo deste ano o preço era de R$ 1,65. Agora caiu de novo: Silfredo não consegue mais que R$ 1,40. Ele recebe menos do que gasta para engordar os animais. “Gradativamente o plantel vai ter de ser diminuído”, diz.
Além do dinheiro perdido todo mês, o que também tira o sono dos criadores é a falta de perspectiva. Eles não sabem se o preço pago pelo porco vai ou não reagir nos próximos meses. O que eles já perceberam é que está cada vez mais difícil encontrar quem compre esses animais. “Não existem perspectivas de tirarmos o excedente de produção do mercado. Apesar de a Associação trabalhar para consolidar o consumo interno”, afirma João Batista Manfio, presidente da Associação de Criadores.
De acordo com a Associação de Criadores de Toledo, a atividade é a principal fonte de renda de centenas de famílias da região.