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Economia

Reação do mercado suíno era esperada por produtores

Segundo a ABCS, o mês de agosto está sendo marcado pelo realinhamento do preço de comercialização da carne suína. Após estabilização de 13 semanas, o aumento de preços já era previsto.

O mês de agosto está sendo marcado pelo realinhamento do preço de comercialização da carne suína. Com a estabilização do preço por mais de 13 semanas em grande parte dos estados produtores para muitos suinocultores a reação desse mercado era bastante esperada.

Em muitas regiões as indústrias e varejo começaram a antecipar contratos com vistas às festividades de final de ano por perceberem que em 2010 não haverá excedente de oferta de carne suína. Outro fator que impulsionou o aumento na cotação é a alta de preço da carne bovina no atacado, decorrente da escassez de boi gordo para abate. 

Em São Paulo, por exemplo, nesta semana o corte traseiro do boi foi cotado a R$ 6,90, maior preço do ano, enquanto o dianteiro fechou a R$ 5,00, patamar recorde para o mês de agosto, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Júnior. Diante dessa conjuntura, o presidente aposta na continuidade de mercado firme para o suíno no estado de São Paulo. A Bolsa de Suínos do Estado de São Paulo desta segunda-feira comercializou 11.020 suínos entre R$ 56,00 a R$ 58,00/@, o equivalente a R$ 2,99 a R$ 3,09 o quilo do suíno vivo, respectivamente.

O mercado em Minas Gerais também se mantém bastante aquecido, com o mercado absorvendo todos os animais disponíveis e grande procura pela carne suína resultou no aumento da cotação de venda por quilo de suíno. Na semana passada os suinocultores mineiros comercializaram a R$ 3,10 o quilo do suíno vivo, um aumento de R$ 0,30 em quatro semanas. Segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a tendência para os próximos dias é de elevação nos preços se o mercado e o consumo de mantiverem.

Os criadores de suínos do estado do Rio Grande do Sul também estão confiantes na recuperação do preço do quilo vivo. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, espera que a cotação chegue a R$ 2,70, representando uma alta considerável, frente aos R$ 2,30 na semana anterior.

No Paraná o momento é de aumento da demanda de suínos, com a oferta bastante ajustada, segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).  O quilo do suíno vivo está sendo comercializado em até R$ 2,65, mantendo a estabilidade da semana anterior.

Declarações

“Nossa expectativa ainda é de aumento para as próximas semanas, mas por enquanto, a oferta e procura estão bastante estabilizados. Hoje o suinocultor de determinadas regiões tem comercializado o quilo do suíno vivo em R$ 2,45, valor R$ 0,10 a mais que na semana anterior.
Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS

“O mercado em Minas está bastante favorável, com o aumento no valor de comercialização do quilo do suíno no estado, o produtor está colocando o animal no mercado sem dificuldade. Nossa perspectiva para cotação essa semana é de aumento com expectativa de R$ 3,20.

José Arnaldo Penna, vice-presidente da Asemg

“Acredito que o mercado continuará firme e bastante aquecido no estado, com regiões vendendo a preços muito semelhantes, mostrando um equilíbrio da comercialização. Com esse realinhamento do mercado nossa expectativa é que os produtores comercializem em preços mais altos que na semana passada”
Valdomiro Ferreira, presidente da APCS

Cotações Máx

SP R$ 3,09
PR R$ 2,65
SC R$ 2,45
GO R$ 3,00
RS R$ 2,51
MG R$ 3,10
DF R$ 3,00
MS R$ 2,50
MT R$ 2,60
CE R$ 3,60