Santa Catarina
Segundo maior produtor nacional de frangos de corte e o maior exportador de carne de frango.
O Estado é o berço da avicultura industrial do País. Em 2001, Santa Catarina abateu 642,9 milhões de aves, ficando em segundo lugar como maior produtor nacional de frango, atrás apenas do Paraná, que abateu 671,9 milhões de aves. Cerca de 90% da produção avícola catarinense estão voltadas à produção de carne e apenas 10% para a produção de ovos.
No mês de outubro, o preço do quilo do frango vivo em Santa Catarina chegou a ser praticado a uma média de R$ 1,22 no mercado independente.
O Estado concentra unidades das principais agroindústrias avícolas do País como a Sadia, a Perdigão, a Seara, a Cooperativa Aurora, a Chapecó, a Macedo Koerich e a AgroFrango, que juntas abateram mais de 66 milhões de aves no mês de agosto de 2002. Ano passado, o Estado bateu recorde na exportação de frango, embarcando 479,4 mil toneladas, ou seja 38,4% do total de frango exportado pelo Brasil.
A tradição na produção agropecuária do Estado se deve aos imigrantes europeus, que trouxeram nas primeiras décadas do século 20, a prática do trabalho rural e as tecnologias utilizadas na Europa naquela época. Muitos desses imigrantes fugiram de seus países por causa das guerras (1 e 2 Guerra Mundial).
Um estudo elaborado pelos pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves Oldemir Chiuchetta, Ademir Francisco Girotto, Mário Duarte Canever e Jonas Irineu dos Santos Filho, mostra as evoluções do custo de produção de frango de corte da Região Sul. “No Brasil, toda a estrutura de produção do frango de corte modernizou-se e continua buscando formas de melhorar ainda mais o desempenho do setor, devido à necessidade de redução de custos e aumento de produtividade, tentando com isso não perder competitividade em nível mundial”, diz Girotto.
De acordo com os autores, a produção agrícola brasileira passou por um processo de transformação nos últimos 20 anos e abandonou o padrão de produção, até então praticado, que buscava sempre maior produtividade. “Com as novas demandas do mercado, agora globalizado, houve necessidade de desenvolvimento de produtos cada vez mais diferenciados. Assim, para atender esta nova demanda, tornou-se necessária a produção de matérias-primas específicas e o conseqüente estabelecimento de relações contratuais na produção primária”. E, no Brasil, principalmente na Região Sul, o frango é produzido por intermédio de contratos entre as agroindústrias e produtores rurais, caracterizando uma forma de organização intermediária entre a integração vertical e horizontal.
Para calcular o preço de custo da produção de frango de corte, os pesquisadores usaram como critério três modelos de aviários, com diferentes tecnologias, no que se refere à ambiência e equipamentos, ou seja: galpões manuais, automatizados e climatizados.
Goiás
Com uma avicultura nova e altamente tecnificada, Goiás ostenta os maiores índices de crescimento da atividade no Brasil atualmente.
A atividade avícola vem se desenvolvendo rapidamente em Goiás nos últimos anos. Com uma avicultura nova e altamente tecnificada, o Estado ostenta os maiores índices de crescimento da atividade no Brasil atualmente. Para se ter uma idéia, na última década, o Estado assinalou um crescimento médio de sua atividade avícola de 85%. A avicultura ocupa hoje a 2 colocação no ranking agropecuário do Estado, sendo superado apenas pela bovinocultura (de leite e corte), atividade pecuária de maior tradição em Goiás. A avicultura é ainda responsável pela geração de 12 mil empregos diretos e 48 mil indiretos, com uma participação de 30% no setor pecuário goiano. “Os anos 90 foram um divisor de águas para a avicultura goiana. Já existiam indústrias avícolas na região, mas eram todas pequenas e trabalhavam num sistema independente”, revela Uacir Bernardes, presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA).
Com um plantel estimado em 26 milhões de frangos de corte e sete milhões de poedeiras, o Estado obteve, no ano passado, uma produção de 216 mil toneladas de carne de frango e 1,4 milhões de caixas (de 30 dúzias) de ovos. Segundo a AGA, Goiás possui atualmente 1200 aviários de corte e nove granjas dedicadas à atividade de postura. O Estado conta hoje com quatro frigoríficos com inspeção federal, reconhecidos e capacitados ao abate de aves tanto para o abastecimento do mercado interno quanto externo. Goiás possui ainda seis pequenos frigoríficos com inspeção estadual. Maior produtor de frangos e ovos da região Centro Oeste, a avicultura goiana obteve um faturamento de R$ 650 milhões em 2001.
Plena expansão – Atrativos como potencial agrícola (grande oferta de grãos), localização geográfica, clima, topografia e infra-estrutura fazem da região uma das áreas mais promissoras para o setor no País. A aptidão produtiva do Estado para a avicultura e a combinação de alguns fatores como a chegada de grandes agroindústrias, os incentivos dos governos local e federal voltados ao agronegócio e a implantação do sistema de integração possibilitaram a recente expansão da atividade em Goiás.
A instalação da unidade industrial da Perdigão, em especial, e a significativa ampliação de vários outros projetos agroindustriais já existentes no Estado foram fundamentais para o crescimento da avicultura goiana a partir da década de 90. “A avicultura em Goiás cresceu muito com a vinda da Perdigão, mas também em função de alguns projetos locais que também foram se desenvolvendo”, afirma Bernardes. Além da Perdigão, Nutrisa, Frango Galli e Superfrango são as principais agroindústrias em atividade no Estado, todas com capacidade de abate diário que variam de 70 mil a 120 mil aves. Goiás conta ainda com seis pequenos abatedouros com capacidade de abate que variam de 5 a 15 mil aves/dia. “Essas pequenas indústrias abatedoras são muito fortes em suas regiões. Embora tenham uma estrutura menor são muito bem estabelecidas e extremamente competitivas nos mercados onde atuam”, afirma o presidente da AGA.
Outro fator que deu sustentação a essa tendência de crescimento foram os incentivos do governo estadual e federal à atividade avícola. O Estado conta com a linha de crédito federal do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) que, por intermédio do Banco do Brasil, libera recursos para empreendimentos nos Estados da região. O FCO, prevê financiamentos com juros de 7% ao ano, com prazo de pagamento de 15 anos. “Aqui no Centro Oeste o FCO tem alavancado a produção agropecuária, com a vantagem de que dentro desse fundo a atividade avícola e suinícola têm prioridade na hora da liberação do empréstimo”, explica Bernardes. Goiás conta também com o incentivos fiscais disponibilizados pelo governo estadual como o Programa Produzir, que transforma até 75% do ICMS em financiamentos com prazo de pagamento de até 15 anos.
Sistema de integração – Outro fator que impulsionou a atividade no Estado foi a adoção do sistema de integração na produção de frangos de corte. Implementado em 1990, nos mesmos moldes das tradicionais integrações existentes no Sul do País, o sistema transformou a avicultura goiana. Hoje toda produção de carne de frango de Goiás é realizada através do sistema de integração. “A avicultura do Estado começou a crescer depois da implantação de unidades industriais e do sistema de integração”, comenta Bernardes. Entretanto, apesar de estar em pleno funcionamento, o sistema enfrentou forte resistência durante sua implementação. Segundo Bernardes, havia por parte dos produtores muita desconfiança quanto à segurança e viabilidade do sistema. “Os produtores locais não entendiam o funcionamento do sistema de integração. Eles temiam ficar muito dependentes da empresa integradora e ainda sofrer “interferências” em seu negócio”, explica. Segundo ele, o problema só foi resolvido depois de intensa campanha promovida pelas principais agroindústrias e à medida em que o sistema foi aos poucos sendo colocado em prática. Atualmente o número de interessados em fazer parte do projeto de integração das empresas já é bem superior ao número de vagas existentes.
Outra característica do sistema de integração goiano é o perfil de seus integrados, formado em sua maioria por grandes produtores. “Eu costumo dizer que o avicultor goiano é um empresário do setor agropecuário. A avicultura é mais uma dentre as atividades que ele desenvolve em sua propriedade” explica o presidente da AGA. Bernardes comenta que as exigências para a liberação do dinheiro do FCO, que financiaram todo o sistema de integração do estado, inviabilizaram a entrada do pequeno produtor no sistema de integração. “Como a avicultura era uma atividade nova no Estado, o Banco do Brasil passou a exigir garantias até três vezes maiores que o valor do dinheiro aplicado”, diz. “Com isso, o Banco do Brasil automaticamente tirou o pequeno produtor desse negócio porque, hoje, para construção de um aviário para 25 mil aves, são necessários cerca de R$ 100 mil”, completa.
Perdigão – Símbolo da nova avicultura goiana, a Perdigão teve grande participação no crescimento da atividade no Estado de Goiás. Num projeto que consumiu investimentos da ordem de R$ 500 milhões, a Perdigão não só revolucionou a avicultura do Estado como mudou o perfil dos produtores locais. Desde que entrou em funcionamento, a unidade da Perdigão já gerou 5,5 mil postos de trabalho diretos e 22 mil indiretos. Segundo Euclides Costenaro, diretor regional da Perdigão, há ainda a previsão de criação de mais empregos, uma vez que a unidade produzirá todas as linhas de produtos industrializados da empresa. “Iremos produzir, aqui em Rio Verde, quase todas as linhas que a Perdigão produz em suas outras unidades”, diz Costenaro. “E a parte de industrialização de massas, hambúrgueres, salsichas, lingüiças e de outras linhas irá absorver uma mão-de-obra bastante significativa”, completa.
A unidade de Rio Verde abate atualmente 250 mil aves por dia. Durante o ano passado, a unidade exportou 25 mil toneladas de sua produção avícola para países da União Européia, Ásia, Oriente Médio e Japão. Hoje existe até uma lista de espera devido ao grande número de interessados em participar do projeto de integração da companhia. A Perdigão conta hoje com 92 integrados em seu sistema de produção de frangos de corte.
Espírito Santo
Com cerca de 65% de sua produção avícola vendida para outros Estados brasileiros, a ausência de plantas industriais de maior porte dificultam o crescimento da avicultura capixaba.
A avicultura capixaba possui atualmente um plantel de 7,1 milhões de frangos de corte e 5,2 milhões de poedeiras comerciais, segundo estimativas da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves). Em 2001, o Estado teve uma produção de 103.600 toneladas de carne de frango e cerca de 2.490.000 caixas (de 30 dúzias) de ovos. O Espírito Santo conta hoje com 52 avicultores de corte, que trabalham no sistema independente. Ki-Frango, Raihol, Beatriz, Kajory e Santa Catarina são as principais marcas avícolas produzidas e comercializadas na região. O território capixaba dispõe atualmente de quatro frigoríficos com inspeção federal e um com inspeção estadual capacitados ao abate de aves.
Já o segmento de postura, que conta com 145 produtores, configura-se como forte exportador para Estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, demostrando seu alto grau de produtividade. “A cidade de Santa Maria de Jetibá ocupa importante colocação no ranking nacional de produção de ovos por município”, informa Nélio Hand, secretário administrativo da associação.
A atividade avícola desempenha também um papel destacado no desenvolvimento sócio-econômico do Espírito Santo. A avicultura é responsável por cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos e representa 16% do PIB agrícola estadual. “O setor avícola do Espírito Santo é de suma importância, pois tem uma significativa participação em seu PIB agrícola, ficando atrás somente do cafeicultura, da bovinocultura de corte, do plantio de eucalipto e da fruticultura para exportação”, afirma Hand. O secretário explica ainda, que avicultura apresenta uma importante participação na produção de hortifruticultura. “A avicultura está intimamente ligada à produção de hortifruticultura, pois abastece com adubo orgânico as áreas de plantio de verduras, legumes e frutas no cinturão verde da grande Vitória”, comenta.
Localizado estrategicamente entre as regiões norte e sul do País, o Espírito Santo conta com o incentivo do governo local para o desenvolvimento da avicultura, por meio da utilização de créditos do ICMS para a modernização das granjas. Segundo a Aves, outro requisito que torna o Estado atrativo para a instalação de novas empresas avícolas é o fato de já possuir uma estrutura portuária favorável ao escoamento da produção local, clima propício à atividade avícola e grande disponibilidade hídrica.
Porém, a insuficiência do Estado para a produção de milho e soja, o alto custo dos fretes para a importação desses insumos e, principalmente, a ausência de plantas industriais de maior porte dificultam o crescimento da avicultura local. No Espírito Santo, 63% da produção de frangos são vendidos para o Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. O total da produção local é 12% superior ao consumo de carne de frango no Estado. “A produção gera baixa captação de impostos estaduais, e o que é ainda mais grave, o capixaba adquire produtos avícolas produzidos aqui, só que industrializados em outros Estados”, explica Hand. “Isso acaba gerando empregos e impostos mais elevados para outras regiões simplesmente pela ausência de plantas de abate que deveriam estar aqui localizadas”, comenta.
De acordo com a Aves, o Estado detém uma condição sanitária e ambiental satisfatória. A entidade desenvolve um projeto de planejamento ambiental que inclui orientações técnicas e um cronograma para a conscientização de todos os produtores. O Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) é o órgão encarregado de fiscalizar os produtores capixabas. Já no aspecto sanitário é realizado um controle rigoroso sobre a ocorrência de doenças, também coordenado pela associação. “A notificação de toda e qualquer ocorrência de doenças é obrigatória. Isso tem resultado num baixíssimo nível de contaminações”, explica Hand.
Minas Gerais
O sistema independente perde força frente ao integrado. Especialistas acreditam que assim como no Sul, a base futura da produção mineira será a integração.
Os produtores independentes já foram donos absolutos da produção avícola de Minas Gerais, levando o Estado a uma posição de destaque no cenário nacional até o início dos anos 80. Mas há duas décadas, este sistema de produção vem sofrendo desgastes, levando a avicultura mineira a uma transição para o sistema integrado. O presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), Tarcísio Franco do Amaral, acredita que esta será a única alternativa para os produtores de frangos no Estado, que cada vez mais enfrentam uma avicultura competitiva, com margens menores de lucro e baseadas em volumes de venda, além de estar direcionada para a exportação. “O avicultor independente, no caso de Minas, sabe que vai acabar. O que irá predominar é a integração por causa do custo”, confirma Amaral.
O gerente de operações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), superintendência regional de Minas Gerais, Alberto Diniz, não pinta um quadro tão diferente para a atividade no Estado. Especialista em avicultura, ele acredita que a produção individual ainda é necessária, mas visualiza uma clara tendência de mudança, comprovada em vários estudos sobre o tema. “A integração avícola é crescente e com uma participação cada vez maior no contexto avícola mineiro”, afirma.
Atualmente o sistema integrado já seria o responsável por 68% do total produzido em Minas Gerais. Este dado é na verdade uma média. A própria Avimig tem dificuldade em chegar a um número mais conclusivo, pois as integrações costumam adquirir frango no mercado para complementar seu abate e, às vezes, chegam a vender aves quando o preço está em alta no mercado livre. Mas é uma média que já demonstra o importante papel que o sistema vem assumindo frente à avicultura mineira.
O grupo de integradoras ainda não é dos maiores, são 11 empresas e cerca de mil produtores, mas quem inicia seu investimento na avicultura tem preferido adotar a integração. A Cossisa Agroindustrial é uma das mais novas. Há pouco mais de um ano ela deu início ao seu abate de frangos, optando pela implantação do sistema integrado. Hoje são 30 produtores e um abate de 48 mil aves por dia. Localizada em Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte, a empresa antes atuava, principalmente, com bovinos e no setor agrícola. O diretor da empresa, Alexandre Gontijo Gonzaga, explica que a avicultura foi a melhor forma encontrada para agregar valor a sua produção de grãos. “Em vez de vendermos grãos, comercializamos carne e, se for exportada, melhor ainda”, afirma Gonzaga.
Esta entrada no concorrido mercado externo é o próximo passo da empresa, que vem se adequando às exigências internacionais. Recentemente, a Cossisa recebeu a visita de uma comissão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para inspeção de seu abatedouro e estuda as modificações necessárias no plantel, visando atender todos os quesitos para a exportação. “Estamos executando todos os passos para podermos exportar”, explica o diretor, que hoje envia sua produção para outros Estados como Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo.
Atitude diferenciada – Esta mudança de visão do empresário mineiro, buscando o mercado externo, é encarada como extremamente positiva pelo presidente da Avimig. Amaral avalia que isto possibilitou um maior desenvolvimento e crescimento da atividade na região Sul, enquanto Minas Gerais, por não ter tradição em exportar sua produção, ficou apenas com o mercado interno e foi perdendo posições no ranking nacional.
Dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) indicam que do total de frangos inteiros e cortes exportado pelo Brasil no ano passado, apenas 0,3% saiu de empresas mineiras. E foram de duas integradoras: a Pif Paf Alimentos e a Granja Rezende, pertencente à Sadia.
Para o produtor independente, a participação neste mercado é extremamente difícil. Diniz, da Conab, aponta como principal empecilho o tamanho que se exige de seu processo de produção. Entre os avicultores, existe a idéia da formação de um consórcio para atuar no mercado externo. Mas embora o tema faça parte das discussões sobre o futuro do setor no Estado, ainda não há nada de concreto para a sua viabilização.
Para o pequeno produtor, ou para quem está entrando na atividade agora, a opção pelo sistema integrado se dá principalmente pela segurança. Nele, o avicultor tem comprador certo para seu produto e o investimento é menor, diminuindo sua vulnerabilidade em momentos de crise. Por outro lado, a integração não é tão rentável. O presidente da Associação dos Avicultores da Zona da Mata (Avizon), José Davi Ervilha, prefere classificá-la como estável, dependendo do resultado final de cada lote. Em média, o produtor tem recebido R$ 0,16 por ave, mas há uma tabela pré-fixada, definida em pontuações, que regulariza a remuneração dos produtores.
A Avizon representa 540 avicultores, todos integrados da Pif Paf Alimentos, instalados em cerca de 30 municípios da Zona da Mata mineira. O presidente da entidade tem visto crescer o interesse no sistema e também acredita na redução dos produtores independentes, devido às vantagens que a integração oferece. Mas visualiza um novo rumo, caso haja mudanças no cenário econômico. “Se o produtor rural tiver voz e vez, obtendo condições de investir e produzir, haverá uma forte tendência de se terminar o ciclo de integração, propiciando o aparecimento de cooperativas de produção, que lidarão diretamente com a indústria”, acredita o presidente da Avizon, embora o fortalecimento das integrações venha sendo a tendência mais forte dentro da atual avicultura mineira.
Postura mineira
A produção anual de ovos em Minas Gerais está estimada em 6.937,8 milhões de caixas de 30 dúzias, com 420 granjas produzindo. No primeiro semestre deste ano, o alojamento médio mensal de pintainhas de postura foi 566,37 mil aves. O Estado ainda possui uma empresa para processamento de ovos líquidos e em pó, o Aviário Santo Antonio (Asa), com uma produção mensal de 200 toneladas destes produtos.