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Renda maior deve elevar as vendas do segmento

<p>Os grandes frigoríficos de aves e suínos do país apostam que o aumento da renda do brasileiro deve garantir um avanço das vendas de produtos natalinos neste fim de ano.</p>

Redação (19/12/06) – “Não esperamos um grande espetáculo de crescimento. Mas deve haver uma melhora de consumo para esses produtos”, afirmou Gilberto Xandó, diretor comercial de mercado interno da Sadia. 

Além da renda, as empresas consideram o calendário “favorável” para o comércio, já que tanto o natal quanto o ano-novo serão na segunda feira. Isso significa mais dias de venda. “O calendário é favorável. (…) Mas como tem ocorrido nos últimos anos deve haver uma concentração de vendas natalinas nas últimas horas”, afirmou Luiz Carlos Campagnola, diretor nacional de vendas da Perdigão. 

Segundo ele, todos os grandes “players” do varejo estão abastecidos, mas, até a última sexta-feira, a venda nas redes varejistas “ainda não tinha acontecido”. “Quarta-feira (dia 20) será o dia D”, disse Campagnola. Xandó, da Sadia, informou que “praticamente 100% [dos produtos natalinos] foi vendido”. 

Há cinco anos no segmento de perus, a Perdigão ampliou de forma expressiva a oferta do produto neste ano – em 35% – para seus pontos de venda em todo o Brasil e espera esvaziar as câmaras frigoríficas. O preço no varejo, de R$ 7,49 o quilo, é 3% superior ao de 2005. 

Com cerca de 15% do mercado nacional de perus in natura, a empresa vê espaço para ampliar sua fatia no segmento, que cresce 3% a 4% ao ano e movimenta 32 mil toneladas, segundo Campagnola. Hoje a Sadia, que produz perus há cerca de 40 anos, tem “mais de 80%” desse mercado, segundo Xandó. A companhia elevou em 5% a oferta de peru este ano, e o preço no varejo subiu 7% sobre 2005, para R$ 8,00 o quilo. 

Considerando a produção de perus para as festas de fim de ano, exportação e industrialização, o plantel nacional ficou em 36,911 milhões de cabeças en 2005, últimos dados disponíveis da União Brasileira de Avicultura (UBA). 

A Sadia fez uma aposta mais ambiciosa no segmento das chamadas aves especiais, que vem crescendo nos últimos anos e que inclui o chester da Perdigão. A empresa elevou em 10 a 12% a oferta da ave especial Fiesta e investiu na publicidade do produto. “Somos novos na categoria e temos de comunicar que chegamos”, disse Xandó. Segundo ele, as vendas da ave Fiesta cresceram entre 20% e 30% ao ano nos últimos anos. 

Campagnola também destacou o crescimento do segmento de aves especiais e informou que a oferta de chester da Perdigão foi ampliada em 5% a 6% este ano. 

No segmento de suínos, a Sadia manteve a oferta de produtos nos mesmos níveis de 2005. Já a Perdigão elevou a oferta de tender suíno em 6% a 7% sobre igual.