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Reunião em MS debate crise avícola

<p>Avicultores e Seara Alimentos vão solucionar o impasse que há cerca de dois meses mantém paralisadas as atividades em granjas avícolas do município.</p>

Redação (27/10/06)– Avicultores do município de Jaraguari e representantes da empresa Seara Alimentos se reúnem hoje na Secretaria Estadual de Produção e Turismo (Seprotur), em Campo Grande, para solucionar o impasse que há cerca de dois meses mantém paralisadas as atividades em granjas avícolas do município. Na última terça-feira (24), o Correio do Estado revelou que a Seara rescindiu há cerca de dois meses os contratos com os produtores integrados de frangos de Jaraguari, que forneciam aves para industrialização na unidade da empresa em Sidrolândia. A situação se agravou, uma vez que muitos pequenos avicultores da região dependem das entregas dos lotes de frangos à empresa para sobreviver e até mesmo para quitar parcelas dos financiamentos dos aviários.

Com o intuito de retomar a atividade na região, produtores, a empresa e representantes da Famasul e da Secretaria de Agricultura de Jaraguari, além de autoridades sanitárias do Estado, se reúnem para que integrados e a empresa integradora cheguem a um acordo.

Ontem, a Seprotur informou que recebeu um ofício da Seara com explicações sobre as suspensões das compras de frangos dos aviários de Jaraguari. No documento, a empresa aponta a presença de aves caipiras ou “de fundo de quintal” nas proximidades dos aviários de frango de corte como uma ameaça à sanidade da produção de corte, mesmo com as medidas de biossegurança adotadas pelos integrados da empresa, que reduzem o risco de introdução de patógenos nos plantéis. “As aves caipiras ainda representam uma ameaça para a criação industrial de aves em larga escala”, diz o ofício. Outro ponto alegado pela empresa foi a distância entre as granjas do município e a planta industrial de Sidrolândia.

No documento, a Seara cobra ações oficiais efetivas para eliminação de galinhas caipiras nas proximidades dos aviários de frangos de corte de Jaraguari, o que, para a empresa, seria fato relevante para a revisão da decisão que suspendeu os contratos com os produtores de aves do município.