Redação SI (23/08/06)- A região Sul de Mato Grosso concentra 17,77% das matrizes (fêmeas para reprodução) de suínos do Estado, conforme dados da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat). Os sete municípios produtores totalizam 12,445 mil matrizes, contra um número de 70 mil em todo Estado. De acordo com o gerente administrativo da entidade, Custódio de Castro Rodrigues, Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá) é o principal produtor entre os municípios do Sul, com uma participação de 4,88% do número de fêmeas reprodutoras. Sozinha a cidade possui um rebanho de 3,422 mil matrizes.
Segundo Rodrigues, o município detém grande número de criadores, com um plantel bastante tecnificado. A cidade produz anualmente cerca de 85,550 mil animais. A maioria destinada para o abate. A produção da porção Sul do Estado é de 311,125 mil cabeças. Rodrigues explica que cada fêmea gera cerca de 25 animais por ano. O tamanho do rebanho de Rondonópolis é puxado ainda pelo fato de o município abrigar o único frigorífico para abate de suínos da Região Sul: o Agra.
Conforme o responsável pela compra de suínos do frigorífico, Ricardo Alexandre Barbosa, por semana são abatidos cerca de 6 mil animais. Ao ano, isto significa um abate de aproximadamente 300 mil cabeças. Ele conta que apesar da expansão do rebanho da região Sul, a maioria dos animais que servem de matéria-prima para o frigorífico é adquirida de criadores do Norte mato-grossense, que detém pouco mais de 80% da produção estadual de suínos. Mas 100% dos suínos são adquiridos de produtores do Estado, reforça.
Depois de Rondonópolis, Campo Verde (121 quilômetros do município) é a segunda cidade ao Sul de Cuiabá em número de matrizes, com 3,4 mil cabeças. Em seguida, aparece o município de Primavera do Leste (123 km de Rondonópolis), que conta com um rebanho de 1,728 mil fêmeas.
Para Rodrigues, a porção Sul de Mato Grosso possui potencial para expandir o número de granjas de suínos, especialmente devido à logística favorável. Além disso, a produção de grãos é uma fonte de matéria-prima para a confecção de ração animal, usada na alimentação do rebanho, o que torna mais barato o custo de produção (orçado em média a R$ 1,45 por quilo).
Barbosa diz que projeções do setor indicam que o número de matrizes do Estado deverá aumentar cerca de 40% até o fim do ano que vem, saltando das atuais 70 mil para em torno de 100 mil. Ele acredita que a média de expansão do rebanho suíno dos municípios do Sul pode ser superior. Aqui estamos mais perto do mercado consumidor. É mais fácil para escoar a produção, frisa. O gerente administrativo da Acrismat ressalta que a maior parte da produção da região Sul abastece o Agra ou é exportada viva para a cidade de São Gabriel dOeste, no Mato Grosso do Sul.